O acordo de quase US$ 70 bilhões para comprar a Activision Blizzard pela Microsoft é um processo complexo e demorado, cujo principal obstáculo foi a obtenção de aprovações de autoridades reguladoras de diferentes países. A Microsoft enfrentou obstáculos significativos em abril, quando a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) decidiu bloquear a fusão. Agora a Microsoft está considerando várias opções drásticas, incluindo a saída definitiva da Activision do Reino Unido.
O presidente da Microsoft, Brad Smith, deve se encontrar com o chanceler britânico, Jeremy Hunt, na próxima semana para expressar desapontamento com a decisão da CMA de bloquear o acordo. Smith viajará para Londres, onde planeja dar uma palestra sobre “o potencial da IA e a necessidade de regulamentação cuidadosa”. Uma conversa privada também está agendada para abordar outras questões, “incluindo a proposta de aquisição da Activision Blizzard, pois continuamos comprometidos em encontrar maneiras criativas e construtivas de enfrentar os desafios regulatórios restantes”, acrescentou um porta-voz da Microsoft.
Além disso, Smith planeja se reunir com os representantes legais da Microsoft para discutir o que a empresa planeja fazer em resposta à decisão da CMA, com as opções mais drásticas sendo a saída total da Activision do mercado do Reino Unido ou simplesmente ignorar a decisão da CMA. Teoricamente, depois que a Activision deixou a jurisdição da CMA, a empresa poderia continuar a vender jogos no Reino Unido por meio de um distribuidor.
A Microsoft entrou com recurso contra a decisão do CMA, que será apreciado no final de julho. Dada a escala do acordo, a Microsoft fará todo o possível para concluir a fusão.