Apesar dos melhores esforços de empresas como a Denuvo, a pirataria de jogos é inevitável nos dias de hoje, mas será moralmente justificável? O desenvolvedor independente finlandês Arsi Patala falou recentemente sobre este assunto.
Patala é mais conhecido como o autor do ultraviolento jogo de tiro retrô Ultrakill. Outro dia, um dos usuários do X postou uma captura de tela do download de uma versão pirata do projeto e a legenda: “Como eu adoro piratear jogos indie”.
Sendo o criador do jogo na imagem, Patala (operando sob o pseudônimo de Hakita) considerou necessário comentar a declaração do pirata. Acontece que o desenvolvedor não é contra o download ilegal do Ultrakill, mas com uma condição.
«Você deve ajudar os indies tanto quanto puder, mas a cultura não deve existir apenas para aqueles que podem pagar. Ultrakill não teria acontecido se eu não tivesse acesso fácil a filmes, músicas e jogos enquanto crescia”, disse Patala.
O desenvolvedor Ultrakill também deu um conselho para quem é forçado a baixar uma versão pirata do jogo: “Se você não tem dinheiro [para comprar], então você pode apoiar o projeto contando a outras pessoas sobre ele”.
«Se você piratear um jogo e gostar dele, conte a outras pessoas sobre ele e talvez outra pessoa o compre. Na pior das hipóteses, é um negócio equivalente e, na melhor das hipóteses, é mais uma cópia vendida”, diz Patala.
O desenvolvedor do Dusk, David Szymanski, expressou opiniões semelhantes em 2019. Tanto Dusk quanto Ultrakill são projetos da editora New Blood Interactive, cujo chefe Dave Oshry não tem queixas sobre a posição de Patala.