Soube-se que na China, há três anos, foi lançado o projeto de uma estação terrestre para receber radiação de micro-ondas de alta energia em órbita. A construção logo foi congelada por razões econômicas e ambientais. Mas há dois meses, a construção foi retomada e será concluída até o final deste ano. A meta é receber energia de uma estação orbital de 1 MW até 2030, e a partir de 2049 – de 1 GW.

Fonte da imagem: Frazer-Nash Consultancy

Cientistas da Universidade de Chongqing afirmam que seu projeto encontrou apoio de autoridades e empresas depois de estabelecer uma meta para uma pegada de carbono neutra na China até 2060. A transmissão de energia da estação orbital a uma distância de 36 mil km será livre de problemas com nuvens e nevoeiros (constantes em Chongqing). A usina solar orbital receberá luz 24 horas por dia e transmitirá a eletricidade resultante na forma de radiação de microondas para a Terra. As perdas na atmosfera serão de apenas 2%.

Uma estação terrestre começou a ser construída perto da vila de Heping, na região de Bishan (sudoeste da China). 2 hectares de terra foram alocados para o local e uma zona tampão foi criada ao seu redor, cinco vezes maior do que a ocupada pelo objeto. A radiação de microondas é uma piada de mau gosto. Os locais são estritamente proibidos de entrar nele, embora ainda não tenha vindo para experimentos espaciais. Enquanto os cientistas aprendem a captar energia de balões a 300 m de altitude, na próxima etapa, está previsto receber energia de um dirigível a 20 km de altitude. Em seguida, os testes serão transferidos para o espaço.

A primeira usina orbital do projeto está planejada para ser lançada em 2030. Terá capacidade de 1 MW. Os cientistas esperam um projeto em grande escala de uma usina orbital com capacidade de 1 GW até 2049 – o 100º aniversário da fundação da RPC.

A retomada da construção da estação terrestre experimental não significa que todos os problemas foram resolvidos. Continuam a existir preocupações de que a transmissão de energia por microondas pode prejudicar a saúde dos residentes locais e criar forte interferência nos aparelhos eletrônicos e nas comunicações sem fio. Todos esses e outros problemas serão estudados na prática no novo centro, estimado em 100 milhões de yuans (US $ 15,4 milhões).

Existem muitos outros usos para um feixe de alta energia orbital, como alimentar drones no ar ou interceptar mísseis hipersônicos. Nos Estados Unidos, uma tecnologia semelhante também está sendo estudada, mas ainda está nos estágios iniciais de prototipagem. Em três anos, os militares dos EUA deverão colocar em órbita o primeiro demonstrador de transmissor de energia para a Terra. Essa tecnologia é vista como um meio de fornecer energia às bases militares.

As autoridades britânicas também estão interessadas na tecnologia de transferência de energia de órbita, mas até agora apenas encomendaram uma avaliação especializada das possibilidades. Mas na Nova Zelândia, a transmissão sem fio de energia está sendo testada como uma forma de instalar redes elétricas em locais de difícil acesso e para conexão temporária de assinantes.

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