As capacidades dos fabricantes russos de fontes de alimentação e gabinetes para computadores e servidores são muito subutilizadas devido ao baixo volume de pedidos, escreve o Kommersant com referência aos participantes do mercado. Os fabricantes russos de equipamentos de informática preferem comprar componentes chineses mais baratos, especialmente porque esses componentes recebem poucos pontos na avaliação de produtos nacionais e quase não têm efeito na inclusão de dispositivos no registro do Ministério da Indústria e Comércio.
Segundo Oleg Izumrudov, diretor do consórcio de desenvolvedores de sistemas de armazenamento de dados (RosSHD, inclui MCST, Norsi-Trans, Aerodisk, etc.), devido às importações paralelas, fabricantes nacionais de fontes de alimentação e gabinetes para equipamentos de informática (sistemas de armazenamento, servidores, computadores, etc.) estão “aproximadamente 20% carregados”.
O Diretor Geral da fábrica de Prankor (parte do Grupo GS), Sergei Zakharov, disse que a demanda por gabinetes de computador é “estável, mas as capacidades da fábrica nos permitem aumentar o volume de produção”. Ele observou que a localização na Federação Russa tem uma série de vantagens, incluindo a capacidade de adaptar componentes às necessidades do cliente, a disponibilidade de serviço pós-venda, economia em logística e ausência de problemas de pagamento. Zakharov expressou a opinião de que um aumento no número de pontos para casos russos ao avaliar a domesticidade dos dispositivos para inclusão no registo do Ministério da Indústria e Comércio terá um efeito positivo na procura e poderá reduzir o custo dos componentes russos.
Por sua vez, Alexey Melnikov, sócio-gerente da holding Fplus IT, acredita que o problema está na falta de cooperação entre as empresas nacionais, e não na procura. “Há uma demanda por componentes russos para gabinetes, mas os desenvolvedores preferem encomendá-los na China, já que lá a aquisição do gabinete, chassi, fontes de alimentação e assim por diante é feita em regime turn-key, enquanto em nosso país são diferentes as fábricas são as responsáveis por isso, que é mais caro e demora mais”, disse.