A Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) dos Estados Unidos anunciou que o rover Curiosity detectou compostos na superfície do Planeta Vermelho que podem ser partículas de sais orgânicos. Embora a descoberta não seja prova de que existiu vida orgânica no planeta, ela mostra que os tipos correspondentes de reações químicas provavelmente estavam ocorrendo na superfície de Marte.
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A presença de sais orgânicos na superfície de Marte pode indicar indiretamente não apenas vida que existiu no passado distante. O fato é que o conhecimento da composição da atmosfera e do solo é essencial para a futura colonização do planeta pelo homem. A presença ou ausência de certos minerais sinaliza quais plantas podem sobreviver melhor no ambiente marciano. No entanto, não é tão fácil caracterizar os componentes do solo. A NASA acredita que milhões de anos de exposição à radiação solar levaram ao fato de que qualquer material orgânico que existia no passado se decompôs em sais orgânicos.
Durante o estudo, os cientistas analisaram a assinatura espectrográfica de vários compostos usando ferramentas semelhantes às disponíveis para o Curiosity. Eles compararam os dados obtidos desta forma com as informações provenientes do rover. A adição de percloratos contendo cloro e sais de oxigênio às amostras, que se acredita serem comuns em Marte, aproximou os resultados dos dados do rover.
Os cientistas acreditam que os dados obtidos durante o estudo podem indicar a presença de sais orgânicos no solo marciano, incluindo acetato de cálcio, acetato de magnésio e oxalato de magnésio. A quantidade de substâncias contidas irá variar dependendo de onde a amostra é coletada. É importante notar que pela primeira vez a NASA anunciou a descoberta de moléculas orgânicas em Marte em 2018. Os compostos recentemente descobertos ainda são considerados sais orgânicos pelos cientistas, uma vez que os produtos químicos encontrados pelo Curiosity poderiam ter se formado de uma maneira diferente.