Como ficou sabido, o desembarque da tripulação do taikonauta no navio Shenzhou-16 não ocorreu de maneira totalmente tranquila. Parece que o programa tripulado da China sofreu o seu primeiro grande incidente que colocou em risco a vida dos astronautas. Ainda não há comentários oficiais. Obviamente é preciso haver uma investigação. Porém, nas imagens do encontro do veículo de descida, é claramente visível um grande buraco na cobertura do paraquedas, que pode levar à morte.

Há um buraco na cobertura do pára-quedas através do qual você pode ver o céu. Fonte da imagem: CFTV

O sistema de pouso suave de pára-quedas dos navios Shenzhou resistiu a 15 descidas e ao estágio de aceitação sem qualquer reclamação. Cada cúpula com 40 metros de diâmetro é costurada à mão. Um produto de 100 kg é elaborado em um processo de 100 etapas com aceitação por uma comissão de fiscais após cada uma delas. Os especialistas vão agora descobrir como o buraco se formou na cúpula e como ele poderia ter terminado. O principal perigo era que o buraco pudesse se expandir, o que faria com que a cápsula caísse a uma velocidade que poderia matar os taikonautas.

A cápsula após o pouso. Ela rolou no chão e quicou várias vezes

O pára-quedas dos navios Shenzhou abre a uma altitude de 10 km. Reduz a velocidade de queda da cápsula de 180 m/s para 7 m/s. A posição da cápsula após o pouso também levantou questões. Agora a fonte relata que a cápsula rolou no chão após pousar e virou diversas vezes. No entanto, a tripulação como um todo não ficou ferida e se sentiu bem.

Fonte da imagem: Xinhua

A elevada resistência dos pára-quedas para veículos de descida é evidenciada por um estudo recente do Chinese Journal of Aeronautics, ao qual a fonte se refere. O artigo científico afirma que o 22º pára-quedas durante os testes de resistência não entra em colapso com um buraco no velame, mesmo a uma velocidade de descida de 580 m/s – isto é Mach 1,7. Resta saber como se formou ali e fazer de tudo para evitar que aconteça novamente.

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