Apesar do reforço dos controles de exportação pelos EUA, componentes estrangeiros foram encontrados nos novos aceleradores de IA Ascend 910C da Huawei. Embora a empresa alegue ser totalmente independente em seu desenvolvimento, pesquisadores identificaram o uso de tecnologias sancionadas, incluindo chips TSMC de 7 nm.

Fonte da imagem: Wccftech.com
Conforme relata o TechPowerUp, citando pesquisas de analistas da SemiAnalysis, ao contrário da crença popular, os aceleradores Ascend 910C, embora projetados na China, são fabricados usando tecnologias estrangeiras. O chip Ascend pode ser fabricado na SMIC da China, mas na prática ele usa memória HBM da fabricante de chips sul-coreana Samsung, wafers de silício da taiwanesa TSMC e equipamentos de fabricação dos EUA, Holanda e Japão.
Os analistas deram atenção especial à questão da origem dos próprios cristais. De acordo com a SemiAnalysis, a Huawei conseguiu contornar as restrições de produção dos chips Ascend 910B e 910C comprando US$ 500 milhões em wafers de 7 nm por meio da Sophgo. Também há relatos não confirmados de fornecimento contínuo da TSMC por meio de terceiros.
Anteriormente, presumia-se que a produção desses chips poderia ser localizada nas instalações da fábrica chinesa SMIC, que está testando sua própria tecnologia de processo N+2 de 7 nm, que é um estágio intermediário entre os primeiros chips de 7 nm (N+1) e os futuros desenvolvimentos de 5 nm. No entanto, especialistas dizem que a Huawei prefere tecnologias mais maduras e confiáveis, apesar dos riscos políticos.
Vale ressaltar que a Huawei não é a única empresa chinesa que coopera com a TSMC. A Xiaomi também continua a usar as instalações de fabricação de Taiwan sem restrições, embora não para fabricar chips de IA de alto desempenho.
