A produção dos principais dispositivos eletrônicos na China caiu este ano, apesar da recuperação da economia do país como um todo. Isso indica uma recuperação desigual da economia e põe em dúvida a possibilidade de retorno do volume do produto interno bruto aos valores anteriores.

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De acordo com o Bureau Nacional de Estatísticas da China, no primeiro trimestre de 2023, o volume de produção de semicondutores caiu quase 15% em relação ao mesmo período do ano passado. No mesmo período, a produção de smartphones caiu 13,8%, apesar das tentativas de grandes players do mercado, como Xiaomi, Oppo e Vivo, em superar o declínio no segmento de dispositivos Android, que vem sendo observado há mais de um ano.

Além da desaceleração das vendas domésticas, as relações tensas entre Washington e Pequim estão forçando empresas americanas como a Apple a buscar oportunidades para fabricar bens fora do Reino do Meio. Neste contexto, o setor manufatureiro chinês está enfrentando uma pressão crescente da Índia e do Vietnã, que estão se tornando cada vez mais a escolha dos fabricantes de eletrônicos que buscam transferir a produção para fora da China.

Gráfico da produção de chips da China nos últimos anos / Fonte da imagem: Bloomberg

As sanções do governo dos EUA também reduziram as ambições de fabricação de chips de Pequim, já que as empresas locais perderam a capacidade de comprar chips avançados e usar uma variedade de tecnologias. A desaceleração na fabricação de eletrônicos contribuiu para a produção industrial total da China, que aumentou 3,9% em março. Ao mesmo tempo, o volume do PIB no período de janeiro a março aumentou 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Após a divulgação dos dados do National Bureau of Statistics, as ações da Semiconductor Manufacturing International Corp., maior fabricante de chips da China, caíram 5,5%, enquanto as ações da Xiaomi caíram 2%.

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