Os principais fabricantes de eletrônicos estão se esforçando para garantir que seus produtos não utilizem minerais extraídos por meio de trabalho escravo ou outras violações dos direitos humanos. A Apple declara oficialmente seu compromisso com essa política, mas, mais uma vez, enfrenta acusações em contrário.

Fonte da imagem: Unsplash, Vladimir Patkachakov
No início de 2024, como relembra o 9to5Mac, a organização de direitos humanos IRAdvocates, sediada em Washington, já havia acusado a Apple e outras quatro empresas de tecnologia de usar cobalto obtido em violação dos direitos humanos, mas as acusações foram rejeitadas. No ano passado, a Apple também enfrentou acusações semelhantes na França e na Bélgica. Naquela ocasião, a empresa foi obrigada a insistir para que seus fornecedores não comprassem “minerais de conflito” da República Democrática do Congo e de Ruanda, pois não podiam garantir que a extração não violasse os direitos humanos e não enriquecesse grupos armados que lutam constantemente pelo controle dos depósitos.
Agora, segundo uma fonte, a mesma organização de direitos humanos IRAdvocates entrou com um processo nos EUA contra a Apple, acusando-a de usar “minerais de conflito” da RDC e de Ruanda. No processo, os ativistas de direitos humanos alegam que a Apple continua a obter cobalto, estanho, tântalo e tungstênio por meio de intermediários, extraídos com trabalho infantil e escravo nos países em questão. A autora da ação baseia-se em um relatório da Universidade de Nottingham publicado este ano, que cita especificamente vários fornecedores da Apple por violarem as práticas de fornecimento ético da empresa. O processo busca uma liminar para impedir que a Apple lese os consumidores nessa área, bem como o reembolso das despesas dos ativistas de direitos humanos relacionadas ao caso.
