Depois de analisar os dados coletados durante os experimentos geológicos na superfície da lua, realizados durante as missões americanas Apollo, realizadas há meio século, os cientistas conseguiram estabelecer que o satélite da Terra possui um núcleo sólido rodeado por um líquido externo, semelhante para a terra.

Fonte da imagem: Geoazur/Nicolas Sarter

Durante seis missões com pouso na Lua, realizadas de 1969 a 1972, os astronautas realizaram uma série de experimentos na superfície de um corpo celeste, incluindo, por exemplo, a detonação de cargas especiais. Além disso, os astronautas usaram ferramentas para estudar o satélite, incluindo os chamados. geofones e sismógrafos. Além disso, propulsores lunares e estágios de modelos lunares foram usados ​​para criar pequenos análogos artificiais de “terremotos”.

Como resultado, vários dados ainda chegaram à Terra até 1977, após o que o apoio à pesquisa foi descontinuado, embora, conforme relatado na revista Nature, um certo experimento com laser “passivo” possa ser realizado por literalmente séculos. De uma forma ou de outra, os cientistas ainda estão estudando os dados obtidos e chegaram a conclusões interessantes e muito importantes.

O Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França (CNRS), juntamente com a Universidade da Côte d’Azur, o Observatório da Côte d’Azur, a Sorbonne e o Observatório de Paris, estudaram os dados sísmicos obtidos durante as missões Apollo, combinando essas informações com dados de pesquisa relacionados às “irregularidades” da rotação da lua. Isso possibilitou o desenvolvimento de modelos que determinam a estrutura interna do satélite do nosso planeta.

Na década de 1990, ficou claro que a Lua tem um núcleo externo líquido, “aquecido” pelas forças das marés, mas a natureza do núcleo interno ainda era inacessível. Agora descobriu-se que a Lua tem um núcleo interno sólido de apenas cerca de 500 km de diâmetro, consistindo de um metal que corresponde aproximadamente à densidade do ferro.

Segundo a equipe de pesquisadores, isso é de grande importância, já que tal núcleo era muito difícil de detectar devido ao seu pequeno tamanho. Além disso, os cientistas relatam que a descoberta explicará de alguma forma o desaparecimento do campo magnético da lua – embora ao mesmo tempo fosse supostamente 100 vezes mais intenso que o da Terra. Os resultados da pesquisa são publicados na revista Nature.

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