No fim de semana passado, a Tesla passou por uma nova série de demissões que já dura há várias semanas. Conforme relata Electrek, citando fontes bem informadas, as demissões afetaram várias divisões da empresa, incluindo desenvolvimento de software, serviços e engenharia. Funcionários da empresa disseram que receberam avisos de demissão no fim de semana e na segunda-feira.
A extensão das atuais demissões ainda não é conhecida. Pelo menos sete funcionários da Tesla relataram terem sido demitidos no domingo, de acordo com o Business Insider.
A primeira onda de demissões teria afetado cerca de 10% do quadro de funcionários da empresa, ou seja, cerca de 14 mil pessoas. Entre eles estavam a diretora sênior da Supercharger, Rebecca Tinucci, junto com os 500 funcionários da divisão, e o gerente do programa de novos veículos, Daniel Ho.
De acordo com a Bloomberg, o CEO da Tesla, Elon Musk, expressou privadamente o desejo de demitir pelo menos 20% do pessoal da empresa devido a uma queda significativa nas entregas de veículos elétricos. Em seu relato na Plataforma X, o CEO da Tesla disse que é preciso reorganizar a empresa a cada cinco anos. E num e-mail aos funcionários, ele disse que a empresa precisava ser “absolutamente dura” com os cortes e que os funcionários que “claramente falhassem em um teste de alta qualidade, obrigatório e confiável” ficariam sem emprego.
A Tesla está numa das situações financeiras mais difíceis dos últimos anos: as vendas estão a cair, assim como os lucros. A situação é agravada pela crescente concorrência tanto nos EUA como na China, bem como pela queda da procura de veículos eléctricos no mercado global.