As montadoras americanas têm usado repetidamente os canais diplomáticos para influenciar os fornecedores de microcircuitos de Taiwan, mas as autoridades da ilha deixaram claro que o atual gargalo era a capacidade de produção dos parceiros malaios, que começaram a se recuperar dos bloqueios de verão.
A Reuters pôde entrevistar o ministro do Comércio de Taiwan, Wang Mei-hua, que explicou que a ilha não pode resolver sozinha a escassez de chips semicondutores. “O Sudeste Asiático é agora o gargalo, especialmente a Malásia, já que as empresas locais foram fechadas há algum tempo”, explicou o ministro taiwanês.
O problema é agravado pelo fato de que o empacotamento e teste de chips automotivos são realizados por empresas na Malásia, e não em Taiwan, e a ilha desta indústria não pode ajudar nesta situação. Os volumes de produção de componentes na Malásia vêm se recuperando desde o início de setembro, agora atingiram o patamar de 80% da norma, mas o processo está bastante demorado.
O processamento de componentes para STMicroelectronics e Infineon é feito por empresas na Malásia, por exemplo, e entre os clientes de empresas locais estão as maiores montadoras, como Toyota e Ford. Esse país responde por até 13% do mercado de serviços de teste e empacotamento de chips, e a participação da Malásia no faturamento do comércio de microeletrônica chega a 7%.
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