O CEO da Renault, Luca de Meo, compartilhou suas idéias sobre o impacto da escassez global de componentes de semicondutores nos negócios desta montadora no evento de reportagem. O pico do déficit, segundo ele, vai cair no segundo trimestre e, em apenas um ano, vai reduzir em cem mil unidades a produção de carros da marca.
No final do ano passado, a montadora francesa vendeu 2,95 milhões de carros, então as perdas nos volumes deste ano serão medidas em unidades de porcentagem, mas a empresa já teve que parar fábricas na Europa e no Norte da África. Os concorrentes americanos já nomearam previsões segundo as quais a General Motors perderá de um e meio a dois milhões de dólares em lucros em 2021 devido à falta de chips, e a Ford Motor, com perdas monetárias comparáveis, perderá outros vinte por cento dos carros produzidos no primeiro trimestre.
Analistas da IHS Markit já afirmaram que a indústria automobilística global em 2021 não será capaz de produzir cerca de 1 milhão de carros justamente por causa da escassez de componentes. Assim, a Renault nesta triste estatística será responsável por cerca de dez por cento das perdas. Representantes da AlixPartners esperam que a indústria automotiva global perca cerca de 1 milhão em vendas perdidas devido à escassez de componentes até o final do ano em curso. Segundo especialistas, as montadoras devem, a partir de agora, dar mais atenção às garantias de fornecimento de componentes ao formalizar o relacionamento com os parceiros.
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