Nos Estados Unidos, continuam as tentativas de resolver o conflito entre os representantes da indústria da aviação, que temem que os dispositivos nas aeronaves não possam funcionar corretamente na área de cobertura das redes 5G na faixa do centímetro e a indústria de comunicações móveis, que quer manter essa parte do espectro. As operadoras estão criando zonas de amortecimento ao redor dos aeroportos e as companhias aéreas globais estão cancelando alguns voos para destinos nos EUA. Como se viu, no Japão esse problema foi resolvido há um ano.
O Instituto de Pesquisa de Navegação Eletrônica do Japão (ENRI) publicou um estudo de 21 páginas que foi doado à Organização Internacional de Aviação Civil em março do ano passado. O documento descreve testes envolvendo rádio altímetros fabricados pela Rockwell Collins e Honeywell, empresas que fornecem equipamentos para aeronaves Boeing e Airbus.
De acordo com os resultados dos testes, os cientistas japoneses concluíram que algumas precauções relativamente simples são suficientes para evitar interferências nos equipamentos das aeronaves: alocar pelo menos 60 MHz da banda de guarda nas faixas das operadoras móveis, fornecer uma zona tampão com base em uma altitude menor a menos de 400 m do ponto mais baixo da aeronave, e também direcionar os emissores para o solo para que os pulsos não ultrapassem a linha horizontal em relação às estações base. Lembre-se que recentemente os reguladores europeus e britânicos relevantes disseram que não veem nenhuma ameaça à aviação nos equipamentos 5G.