A BMW não tem pressa em abandonar suas tradições no desenvolvimento de motores de combustão interna. Já na sua gama de cerca de 13 modelos com motores elétricos de tração, até 2023 o seu número vai duplicar e, no final da década, apenas metade dos veículos comercializados pela marca serão elétricos. Isso é muito menos do que a concorrência.
A subsidiária da marca Mini, como já foi dito, vai abandonar de forma mais decisiva o motor de combustão interna – a partir de meados da década todos os carros da marca serão híbridos e, no final da década, passarão a ser elétricos. A BMW está prevendo um aumento acentuado no lucro antes dos impostos este ano, com progresso visto em todos os segmentos de mercado, do Mini ao Rolls-Royce, observa a Reuters.
Como um lembrete, a Volkswagen visa aumentar a participação de veículos elétricos na gama de novos modelos vendidos na Europa para 70% até 2030. O conservadorismo da BMW, que a essa altura formará apenas metade de sua faixa de vendas com a ajuda de veículos elétricos, não é tão óbvio. No mínimo, representantes da empresa prometem que até 2023, os veículos elétricos de raça pura estarão presentes em 90% dos nichos de mercado ocupados pela BMW, e o carro elétrico BMW i4 será apresentado este ano, três meses antes do previsto.
Muitas montadoras escolheram 2030 como o marco para a transição para a tração elétrica devido às decisões tomadas por alguns países de proibir a venda de novos carros ICE naquela época. A Volvo planeja mudar para a energia elétrica até o final da década, assim como a concessionária europeia Ford Motor. De acordo com representantes da BMW, a empresa pode acelerar a eletrificação da linha de modelos, caso seja exigido pelo mercado em determinadas regiões.