Os planos atuais do governo Biden prevêem que metade dos novos automóveis de passageiros vendidos nos EUA até 2030 sejam movidos exclusivamente por eletricidade. Segundo alguns relatórios, a nova versão dos requisitos estabelecerá uma meta mais agressiva de aumentar essa participação para 67% até 2032.

Fonte da imagem: Doug Mills, The New York Times

Isso foi relatado pelo The New York Times no fim de semana, citando suas próprias fontes informadas. Se no ano passado apenas 5,8% dos veículos vendidos nos Estados Unidos eram elétricos, nos próximos nove anos eles terão que aumentar em mais de onze vezes sua participação no mercado primário de automóveis do país. Esta é uma tarefa muito ambiciosa, que exigirá a mobilização de esforços tanto dos participantes do mercado quanto do Estado.

Na Europa, lembramos, propõe-se proibir a venda de carros novos com motores de combustão interna até 2035, então os Estados Unidos estão simplesmente tentando acompanhar os líderes da “descarbonização” do transporte. Presume-se que a liderança da agência ambiental norte-americana EPA delineará novas metas nesta área durante um discurso na próxima quarta-feira. De fato, até mesmo as metas para 2030 se tornarão mais agressivas, quando 54 a 60 por cento dos carros novos de passageiros vendidos nos EUA terão que contar com tração elétrica. Até 2032, propõe-se que o número seja aumentado para 64 ou 67%.

Os requisitos propostos terão que passar por uma fase de audiências públicas, para só então serem aprovados pelos legisladores. Dada a relativa proximidade da campanha eleitoral presidencial de 2024, tal projeto de lei pode não ser aprovado em tempo hábil. De fato, no projeto de novos requisitos, as condições são estabelecidas não com base na proporção quantitativa de veículos elétricos na estrutura de vendas de carros novos, mas com base no nível de emissões totais de carbono. O valor-alvo será tão rígido que até 2032 os participantes do mercado terão que aumentar a participação dos veículos elétricos para aproximadamente 67% na estrutura de vendas. Teoricamente, a nova versão das exigências vai sincronizar as leis federais dos Estados Unidos com a iniciativa do estado da Califórnia, que busca proibir a venda de carros com motor de combustão interna a partir de 2035.

Nesse caminho, as autoridades norte-americanas terão que resolver muitos problemas de infraestrutura, desde a expansão da rede de postos de recarga até a transformação do mercado de trabalho, onde serão necessários cerca de metade dos trabalhadores para produzir o número de veículos elétricos necessários ao país como é agora. As montadoras também terão que reestruturar seriamente seus negócios e cadeias de suprimentos, localizando a produção do número necessário de baterias de tração em cooperação com parceiros.

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