Os principais players do segmento de microeletrônica automotiva começam a falar sobre a diminuição da demanda por veículos elétricos, o que está afetando suas próprias receitas. A NXP Semiconductors estava entre elas, reduzindo em 1% a receita do negócio automotivo, mas em comparação com seus concorrentes, tal redução ainda pode ser considerada um sucesso.

Fonte da imagem: NXP Semiconductors

Em 2023, como explica a Reuters, a empresa foi forçada a aumentar os preços dos seus produtos em 8%, uma vez que o aumento dos custos a obrigou a fazê-lo para manter os lucros, necessários para financiar as atividades da empresa e o seu desenvolvimento. A receita total da NXP no primeiro trimestre deste ano aumentou 0,2%, para US$ 3,13 bilhões, mas diminuiu sequencialmente em 9%. O lucro líquido aumentou 1%, para US$ 1,78 bilhão, ano após ano, mas caiu 8% sequencialmente. O lucro operacional aumentou 4% ano após ano, para US$ 856 milhões, e diminuiu 6% sequencialmente.

No segmento automotivo, a receita da NXP diminuiu 1%, para US$ 1,8 bilhão, ano após ano, queda de 5% sequencialmente. Isso foi um pouco compensado pelo crescimento da receita no segmento de equipamentos industriais, Internet das Coisas (+14% ano a ano, para US$ 574 milhões) e segmento móvel (+34%, para US$ 349 milhões), mas no segmento de telecomunicações, a receita da empresa diminuiu em 25%, para 399 milhões de dólares. A procura de veículos eléctricos está a diminuir devido à difícil situação macroeconómica e às elevadas taxas de empréstimo. Além disso, este tipo de veículo continua a ser bastante caro e o número de entusiastas ricos que estão dispostos a comprar um carro eléctrico e ainda não o fizeram está a diminuir rapidamente.

Para o segundo trimestre, a NXP espera registrar lucro por ação de US$ 3,2, contra estimativas de analistas de US$ 3,11, à medida que a demanda por chips no segmento de equipamentos industriais se recupera e o mercado de smartphones elimina gradualmente o excesso de estoque. A margem de lucro no segundo trimestre chegará a 58,5% contra os 58,1% esperados pelo mercado, segundo a administração da empresa.

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