A API Google Fit foi lançada em 2014, logo após o Healthkit da Apple no iOS 8. Ambas as plataformas tinham como objetivo ajudar a reunir dados de saúde de vários aplicativos e serviços. Em 2024, o Google já tinha três APIs concorrentes: Health Connect, Fitbit e Google Fit. Este último foi vítima de “canibalismo interno” – seu suporte terminou em 1º de maio, e em 30 de junho de 2025 será fechado e todos os aparelhos de fitness baseados nele deixarão de sincronizar.
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A API Google Fit foi originalmente projetada para sincronizar dados de saúde de dispositivos de fitness de terceiros com sua conta do Google. Na época do lançamento desta API, o Google tinha acordos de parceria para seu uso com Nike, Adidas, Withings, Asus, HTC, Intel, LG e com os desenvolvedores dos aplicativos Runtastic e RunKeeper.
Apesar de um começo tão promissor, hoje o Google Fit como um todo está em desordem. O fato é que em 2021 o Google adquiriu o Fitbit e, desde então, todos os novos produtos do Google, como o Pixel Watch e os smartphones Pixel, vêm com o aplicativo Fitbit como solução de fitness integrada.
Mas o Google não parou por aí: em 2022, lançou uma nova API de fitness, Health Connect, que apareceu no Android 13 em status beta e se tornou a plataforma oficial de código aberto para coleta de dados de saúde no Android 14. O Android 14 foi lançado há apenas sete meses. , e dado o lento cronograma de atualização do Android e a adoção ainda mais lenta de novos recursos pelos desenvolvedores, é difícil tirar conclusões sobre o futuro da nova API.
A API Fitbit sincroniza dados de saúde com sua conta Fitbit (as contas Fitbit serão encerradas em 2025) e a API Google Fit sincroniza dados com sua conta Google. A principal diferença entre o Health Connect é a falta de sincronização na nuvem. A documentação do Health Connect não fala nada sobre a nuvem. Do ponto de vista da plataforma, a falta de sincronização na nuvem torna o Health Connect um padrão mais neutro e não pertencente ao Google para armazenamento de dados de saúde. O Google também considera a falta de armazenamento em nuvem um recurso de privacidade.
O guia de migração da empresa observa que as APIs Google Fit e Health Connect não são compatíveis e, por enquanto, o Google recomenda oferecer suporte a ambas as APIs enquanto usuários e fabricantes migram de uma API para outra. O Google não está incentivando os desenvolvedores que usam a API Fitbit a mudar para o Health Connect, nem oferece qualquer alternativa, então parece que o objetivo final é isolar os dados no dispositivo.
É interessante notar que o par do Google Fit, o Apple Healthkit, continua a funcionar silenciosamente. E enquanto o Google recomeça, a Apple continua a desenvolver seu ecossistema e sua já significativa liderança, fortalecendo a confiança de usuários e desenvolvedores.