Processador Intel Core i3-7100 3,9 GHz / AMD Ryzen 3 1300X 3,4 GHz, 8 GB de RAM, placa de vídeo com suporte DirectX 11 e 4 GB de memória, por exemplo NVIDIA GeForce GTX 1050 Ti / AMD Radeon RX 560, disco rígido de 16 GB
Processador Intel Core i3-8100 3,6 GHz / AMD Ryzen 5 1600X 3,6 GHz, 8 GB de RAM, placa de vídeo com suporte DirectX 11 e 4 ou 8 GB de memória, por exemplo NVIDIA GeForce GTX 1650 / AMD Radeon RX 580
PC, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X, Xbox Series S, Xbox One, Nintendo Switch
Jogado no PlayStation 5
Quando a sequência de um videogame antigo é anunciada repentinamente, nem sempre é claro o que esperar dele. Se este for o Retorno à Ilha dos Macacos, tudo é mais ou menos óbvio, já que ainda hoje antigas missões podem ser completadas com prazer graças a enigmas legais e muito humor. Mas com jogos como Flashback a situação é mais complicada. A primeira parte foi lançada há quase trinta anos e naquela época impressionou muitas coisas: excelente animação em rotoscópio, jogabilidade inusitada e um enredo intrigante. Hoje, isso não surpreenderá ninguém – graficamente, os jogos avançaram muito e as histórias que contam são premiadas nos principais festivais. No caso de Flashback 2, eles não conseguiram encontrar um motivo para voltar a falar sobre a série.
⇡#De volta aos velhos tempos novamente
O primeiro Flashback foi sobre um agente de inteligência chamado Conrad, que, ao saber da existência de formas alienígenas, decidiu jogar pelo seguro e gravou uma mensagem para si mesmo caso fosse sequestrado pelos alienígenas. Ele é de fato sequestrado e sua memória apagada, mas o herói consegue escapar: seu navio naufraga e ele vai para Nova Washington em busca de seu camarada Ian. O engraçado é que a sequência conta quase a mesma história: Conrad estava sentado em uma nave que se dirigia para a Terra, mas a nave caiu e Conrad não conseguiu descobrir a conspiração alienígena. E claro, ele está procurando por Ian novamente.
Acontece que é uma sequência, ou uma reinicialização, ou quem sabe o que mais. Aqui até decidiram repetir a estrutura daquele jogo: que no primeiro Flashback o protagonista cumpria ordens para ganhar dinheiro e comprar documentos falsos, o que aqui ele faz o mesmo na primeira hora de jogo. Esta é uma abordagem muito estranha, transformando a sequência em uma mistura de ideias antigas e novas. Quando um personagem do jogo anterior aparece na tela, fica difícil entender se se trata de uma participação especial que deveria agradar aos fãs grisalhos do original, ou se a ideia era completamente diferente e esse personagem é simplesmente necessário para a trama. .
A sobrecarga do jogo com diálogos também cansa. Aqui, os desenvolvedores da sequência se inspiraram não no Flashback de 1992, mas em seu remake da Ubisoft, lançado vinte anos depois – havia mais vídeos e os personagens eram mais falantes. Mas quando os diálogos são medíocres, e por causa do caos da trama também são chatos de ler, não despertam nenhum interesse. Particularmente irritante é o desejo de Conrad de comentar suas próprias ações ou direcionar o jogador para o objeto desejado com dicas – já é impossível ficar confuso, por que isso acontece?
O enredo foi decepcionante, mas e a jogabilidade? E com ele é ainda pior. Do 2D, os desenvolvedores mudaram para 2,5D – a câmera ainda não pode ser girada ou inclinada, mas eles permitem que você se mova pelos locais com mais liberdade: contorne a cobertura, desça escadas e assim por diante. Em geral, essa mudança não causa problemas, mas há situações em que não fica claro onde exatamente fica a passagem para o próximo cômodo, e é preciso abraçar as paredes em busca de portas. Além disso, nem sempre é claro para onde o personagem pode ir e onde uma parede invisível o encontrará. Mas estas ainda são coisas menores.
O sistema de combate causa muito mais reclamações. O arsenal de Conrad inclui uma pistola com um suprimento infinito de munição e um pente de vinte balas. Quando o clipe está quase vazio e você tenta recarregar usando o botão, nem sempre funciona. O tiro também é torto – basta inclinar o manche em direção ao inimigo e esperar que o jogo o ajude a acertá-lo ao atirar, já que não há dicas visuais aqui. Quando você encontra inimigos voadores, é difícil saber se você os está atingindo – eles, por sorte, também são os mais duráveis, já que alguns deles reabastecem sua saúde.
Se você conseguir de alguma forma aceitar tudo isso, então nos tiroteios internos o jogo tem algo para “surpreender”. Assim que um dos oponentes estiver próximo de Conrad, ao pressionar o botão de atirar, o protagonista, em vez de atirar, atingirá o inimigo em combate corpo a corpo. Além disso, a animação é tão lenta e a volta para a pistola ocorre com tanto atraso que perder metade de suas “vidas” em tais situações é tão fácil quanto descascar peras. Portanto, em batalhas com vários oponentes, você não se concentra em atirar, mas tenta fugir – Deus me livre, alguém se aproxima. E os autores entenderam claramente o quão ruins são os tiroteios aqui, então kits de primeiros socorros caem de todos os lugares: os inimigos os deixam em grandes quantidades, e eles estão espalhados pelos níveis.
⇡#Afinar
Infelizmente, a maior parte da jogabilidade nos níveis da história é limitada a tiroteios ruins. Se no primeiro Flashback eles foram combinados com sucesso com bons quebra-cabeças, aqui sobra muito pouco espaço para quebra-cabeças – só podemos citar o hacking de terminais, onde você participa do mesmo minijogo. Através do labirinto, você precisa levar um símbolo a outro – tags simplificadas que já estiveram em um milhão de jogos antes. Mas eles conseguiram fazer até mesmo um elemento tão simples de maneira descuidada – a interface dos terminais é laranja, os caminhos também são laranja e, em alguns casos, tudo se transforma em uma bagunça, na qual é muito difícil decifrar alguma coisa.
Como resultado, a jogabilidade é instantaneamente deprimente – tudo parece um jogo de vinte anos atrás, no qual foram estendidos gráficos modernos. Portanto, os inimigos aparecem do nada, a interface apresenta falhas constantes (não é possível selecionar imediatamente a resposta desejada nos diálogos) e bolhas com os comentários do personagem principal podem aparecer logo na tela de carregamento. Sem mencionar falhas mais estranhas, como a incapacidade de alternar entre botões no menu usando o d-pad (você só pode fazer isso com um stick). Um detalhe, é claro, mas há tantas coisinhas irritantes aqui que, juntas, elas resultam em uma grande montanha de problemas.
Isso sem contar as tentativas ridículas de esticar a jogabilidade. Na primeira região existem várias áreas entre as quais você precisa se mover constantemente – tanto para cumprir pedidos quanto para conhecer personagens da história. E o movimento não ocorre pressionando um botão, como é feito em jogos normais. Não, você literalmente sobe na bicicleta e vai até a área desejada. Além disso, você dirige por uma estrada sinuosa, onde, ao som de uma música que lembra a melodia do menu Mass Effect, você desvia dos carros e… nada mais acontece. Em geral, não há necessidade de se esquivar – se você bater, seguirá em frente imediatamente e não perderá sua saúde ou qualquer outra coisa.
Além disso, esses momentos ocorrem com menos frequência, mas existem muitos outros absurdos. Por exemplo, você conheceu um personagem e o salvou – agora você precisa levá-lo para um lugar seguro. Corra para o elevador ou porta, tente apertar o botão, mas nada acontece. Acontece que o companheiro se move mais devagar que a tartaruga, e às vezes fica preso em objetos – você precisa voltar para ele e literalmente acompanhá-lo, caso contrário perderá ainda mais tempo. Infelizmente, você se encontra nessas situações mais de uma ou duas vezes e, nesses momentos, deseja desligar o Flashback 2 pelo menos até que os patches sejam lançados – eles não vão consertar tudo, mas pelo menos podem melhorar algo?
É aconselhável aguardar os patches devido ao grande número de bugs que impedem a conclusão do jogo. É muito fácil ficar preso em algum objeto ou até mesmo cair no chão, e algumas vezes Conrad parou de responder ao pressionar um botão depois de carregar um ponto de controle – ele apenas ficou imóvel no lugar. Nessas situações, você pode usar o save antigo, já que o jogo cria vários deles em slots diferentes, mas isso geralmente leva à perda de vários minutos de progresso. E nesses jogos você não quer perder o progresso – caso contrário, você gastará mais tempo neles do que eles merecem.
***
Flashback 2 acabou sendo um desastre completo em todos os aspectos: tanto a história é razoável quanto a jogabilidade é ruim. E o número proibitivo de bugs – tanto visuais quanto de jogabilidade – martela o último prego em seu caixão. É difícil entender por que a sequência existe e o que os desenvolvedores queriam dizer – contra seu pano de fundo, a primeira parte parece mais jogável, otimizada e interessante. Na verdade, Flashback já teve uma sequência, Fade to Black, lançada em 1995, mas raramente é lembrada. Este mesmo mal-entendido será esquecido antes do final do ano.
Vantagens:
- áreas agradáveis - os artistas deram o seu melhor.
Desvantagens:
- Enredo medíocre, por algum motivo semelhante à história da primeira parte;
- Tiroteios de pesadelo com controles inconvenientes;
- Quase não há quebra-cabeças e os que existem são monótonos e enfadonhos;
- Inúmeras deficiências e bugs.
Artes gráficas
As regiões que o protagonista visitará na história são lindas. Apenas os retratos dos personagens dos diálogos levantam questões – há a sensação de que foram desenhados por meio de uma rede neural.
Som
A trilha sonora e a dublagem são tão sem brilho que não há nada a dizer sobre elas.
Jogo para um jogador
Jogo de plataforma de ação, que lembra apenas vagamente o primeiro Flashback.
Tempo de trânsito estimado
De 5 a 6 horas – depende de quantos bugs você encontrar.
Jogo coletivo
Não previsto.
Impressão geral
Um desastre completo – um jogo em que tudo é mal feito e que é quase impossível de consertar com patches.
Avaliação: 2,0 / 10
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