Em junho deste ano, a Toshiba foi forçada a substituir o presidente do conselho de administração e dois vice-presidentes, já que estes últimos eram suspeitos de ter ligações com funcionários japoneses que supostamente se opunham aos acionistas estrangeiros da empresa. Os membros do conselho de administração, que acabaram de deixar o cargo em junho, decidiram declarar que as conclusões deste caso foram tiradas com base em informações inexatas.
Por tradição, a Bloomberg compartilhou as informações mais recentes sobre as intrigas em torno da corporação Toshiba. Masayasu Toyohara e Masaharu Kamo afirmaram que a reunião de acionistas anterior em julho de 2020 foi realizada sem violações, e as conclusões do escritório de advocacia, que acusou a administração da Toshiba de conluio com funcionários japoneses, são errôneas. A investigação ainda está em andamento, mas dois ex-vice-presidentes da Toshiba enviaram uma carta à empresa pedindo que entendessem as circunstâncias do incidente.
Quem deu início à demissão do presidente do conselho de administração neste verão, aliás, foi o fundo de investimento Effissimo, que é o maior acionista da Toshiba. Segundo Toyohara, que foi obrigado a renunciar, as denúncias basearam-se nos materiais da publicação, cujos autores tentaram enquadrar os fatos no conceito que haviam construído de antemão. De acordo com o ex-vice-presidente da Toshiba, os entrevistadores nem mesmo tentaram descobrir a verdade, eles acabaram falhando em fornecer evidências suficientes de violação das leis japonesas pela administração da corporação.
O futuro dos negócios da gigante japonesa está em jogo agora. A Toshiba pode vender seus ativos no todo ou em parte, ou se dividir como resultado de uma reestruturação. A Elliott Investment Management aumentou sua participação na Toshiba, de modo que a luta pelo poder poderia se desenrolar com vigor renovado. Os ex-membros do conselho de administração exortaram os acionistas a selecionar cuidadosamente os candidatos para este órgão de administração da corporação.