O senador americano Tom Cotton enviou uma carta ao Secretário de Defesa dos EUA exigindo informações detalhadas sobre o uso de engenheiros chineses pela Microsoft para trabalhar em sistemas de nuvem militar. A Reuters teve acesso a uma cópia da carta. O pedido foi motivado por uma investigação da ProPublica, que alega que a empresa utilizou especialistas chineses para atender à infraestrutura crítica do Pentágono.

Fonte da imagem: Simon Ray/Unsplash
Segundo a ProPublica, engenheiros chineses trabalharam em sistemas de nuvem militares dos EUA sob a supervisão dos chamados “escoltas digitais” — funcionários com autorização de segurança. No entanto, como observa a publicação, esses escoltas frequentemente não possuíam a expertise técnica necessária para avaliar se as atividades dos especialistas chineses representavam alguma ameaça.
A Microsoft se recusou a comentar à Reuters sobre a investigação da ProPublica ou a carta do senador. No entanto, a empresa já havia informado à publicação que divulgou seus métodos ao governo dos EUA como parte do processo de autorização. Ao mesmo tempo, como importante contratada de agências governamentais dos EUA, a Microsoft tem sido repetidamente vítima de ataques de hackers da China e de alguns outros países.
Em sua carta, Cotton, que preside o Comitê de Inteligência do Senado e integra o Comitê de Serviços Armados, exigiu que o Departamento de Defesa fornecesse uma lista de todos os contratados que utilizam pessoal chinês, bem como informações sobre o treinamento de “escoltas digitais”. O senador enfatizou que as capacidades cibernéticas da China representam uma das ameaças mais sérias aos Estados Unidos, como evidenciado por incidentes de intrusão em infraestrutura crítica, redes de telecomunicações e cadeias de suprimentos. As Forças Armadas, afirmou ele, devem considerar todos os riscos potenciais, incluindo ameaças de subcontratados.
