Marc Ruef, um especialista suíço em segurança digital e proteção de dados, disse no Twitter que 3,8 bilhões de números de telefone vazaram por meio do serviço Clubhouse. O problema afetou não só os usuários da rede social, mas também aqueles que estão cadastrados em seus contatos.
O incidente ficou conhecido depois que Ryuf descobriu uma postagem publicada na darknet por um certo hacker que colocou o banco de dados de números à venda. Para confirmar a seriedade de suas intenções, o cibercriminoso publicou um fragmento do banco de dados com 83,5 milhões de números de telefone, esse número incluía apenas usuários japoneses do Clubhouse. Ele também esclareceu que a oferta é exclusiva e que busca apenas um comprador em todo o banco de dados da gigante.
Além de tal vazamento poder ser denominado um dos maiores da história, vale destacar que desta vez o problema afetou não só os usuários do serviço comprometido, mas também aqueles que não estavam cadastrados na rede social. Durante a instalação e registro, o aplicativo Clubhouse requer acesso aos contatos do usuário e no processo monitora a lista de contatos em tempo real.
Lembrando que o Clubhouse é uma rede social de mensagens de voz, lançada no início deste ano. A princípio, as inscrições no serviço eram disponibilizadas apenas por convite e só recentemente, no dia 21 de julho, o acesso era aberto a todos.
Nota de Esclarecimento da Empresa
“O aplicativo declara que não houve violação do Clubhouse. Há uma série de bots que geram bilhões de números de telefones aleatórios. No caso de um desses números aleatórios existir em nossa plataforma devido a coincidência matemática, a API do Clubhouse não retorna nenhuma informação identificável do usuário. Privacidade e segurança são de extrema importância para o Clubhouse e continuamos a investir nas melhores práticas de segurança do setor.”