As restrições dos EUA ao fornecimento de componentes por empresas norte-americanas para a Huawei tiveram um impacto muito perceptível nas vendas da empresa, mesmo em seu mercado doméstico chinês. De acordo com as estimativas da Counterpoint Research, a participação de mercado da Huawei na China caiu para 16% em janeiro de 2021. Para efeito de comparação, no primeiro trimestre de 2020 esse número foi de 41%, ou seja, houve uma queda acentuada.
A venda da marca Honor desempenhou um papel nisso, é claro, mas a Counterpoint explica o declínio principalmente pelas restrições dos EUA. Com a escassez de componentes, como processadores 5G e modems, a Huawei é forçada a se concentrar em pequenos volumes de smartphones premium, como o Mate 40 Pro, para aproveitar ao máximo seu estoque limitado.
Após a imposição de sanções americanas, a situação no mercado chinês mudou drasticamente. Em janeiro, Oppo tornou-se a marca líder do país pela primeira vez, ganhando 21 por cento de participação, enquanto sua marca irmã Vivo ficou em segundo lugar com 20 por cento. Huawei, Apple e Xiaomi têm, cada uma, 16% do mercado.
Embora Honor continue a se solidificar, o futuro da Huawei não parece brilhante. Analistas acreditam que continuará caindo em 2021. Os concorrentes também estão avançando. A Oppo deve lançar seu carro-chefe dos smartphones da série Find X3 em 11 de março e está aumentando as vendas dos dispositivos mais acessíveis das séries Reno 5 e A. A Xiaomi, por sua vez, lançou recentemente o Mi 11, o primeiro smartphone Snapdragon 888 do mundo.