A Apple emergiu como uma das empresas mais vulneráveis diante da introdução de tarifas “recíprocas” iniciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Embora as medidas tenham sido suspensas posteriormente, a dependência da Apple na montagem de dispositivos na China levantou preocupações dos investidores.

Para dissipar a preocupação, o CEO da Apple, Tim Cook, disse que “a maioria” dos iPhones destinados aos EUA neste trimestre serão fabricados na Índia, relata o The Wall Street Journal.
Durante uma teleconferência com analistas após a teleconferência de resultados trimestrais, Cook também observou que “quase todos” os outros dispositivos — incluindo iPads, Macs, Apple Watches e AirPods — virão do Vietnã. Faz parte da estratégia da Apple diversificar sua cadeia de suprimentos para reduzir sua dependência da China. “Aprendemos há muito tempo que colocar todos os ovos na mesma cesta é muito arriscado”, enfatizou Tim Cook.
Ele disse que o impacto das tarifas sobre a Apple foi limitado no segundo trimestre do ano fiscal de 2025, mas a empresa espera custos adicionais de US$ 900 milhões no trimestre atual. Cook reconheceu que a situação pode piorar no futuro, mas a extensão exata ainda é impossível de prever.
Analistas estimam que transferir a produção do iPhone para a Índia — cerca de 25 milhões de unidades — permitirá que a Apple atenda até 50% da demanda dos EUA. De acordo com a TechInsights, uma tarifa de 50% sobre produtos da China poderia aumentar o preço do iPhone 16 Pro em US$ 300 a US$ 500.
