O governo chinês lançou um projeto piloto na Ilha de Hainan que permitirá que funcionários de empresas registradas lá tenham acesso total à internet global, incluindo sites anteriormente bloqueados como Google, Wikipédia, YouTube e TikTok. A medida visa atrair investimentos estrangeiros e posicionar a região como um porto de livre comércio, relata o South China Morning Post.

Fonte da imagem: Chris Wang / Unsplash

O serviço, chamado Global Connect, é fornecido pela HIDCSC, uma agência subordinada ao Centro de Desenvolvimento de Big Data da Província de Hainan. Para se conectar à rede, os usuários devem ter um plano 5G de uma das três principais operadoras do país, China Mobile, China Unicom ou China Telecom, e fornecer informações sobre o empregador, incluindo o Código Unificado de Identificação Social da empresa.

Segundo um representante do HIDCSC, o processo de aprovação pode levar até cinco meses, mas após esse período o acesso à internet global será gratuito. Ressalta-se que ainda não há restrições quanto ao porte das empresas ou à sua área de atuação. No entanto, o representante não especificou quais sites permanecerão inacessíveis.

Embora empresas internacionais pudessem ter contado com canais dedicados de acesso à internet no passado, havia poucas maneiras de indivíduos contornarem o firewall estatal chinês. O uso de VPNs não autorizadas é ilegal na China. E embora existam métodos oficialmente aprovados, eles são caros e mais utilizados por clientes corporativos.

Recordemos que a China mantém há muito tempo um controle rigoroso sobre o espaço da internet, justificando-o pela necessidade de impedir a disseminação de informações extremistas. Anteriormente, havia rumores sobre o possível enfraquecimento da censura em zonas econômicas livres, mas nenhuma medida concreta foi tomada até o momento. O novo projeto piloto em Hainan foi uma das primeiras exceções.

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