A Apple introduziu um novo recurso de pesquisa semântica no iPhone 16, cuja descrição evoca associações com a escandalosa ferramenta Windows Recall. Porém, na apresentação, a Apple enfatizou que o novo recurso armazenará dados apenas localmente no dispositivo do usuário, ao contrário do Windows Recall.
Como lembrete, o Windows Recall é um recurso baseado em inteligência artificial do Windows 11 que tira constantemente instantâneos da área de trabalho do usuário, permitindo que você “retroceda o tempo” no futuro e retorne a um momento específico do passado. Os críticos foram rápidos em apontar que o recurso não faz nada para ocultar informações confidenciais, como informações bancárias, senhas ou registros médicos. Além disso, surgiram preocupações de que esses dados possam ser armazenados em servidores da Microsoft.
A Microsoft foi rápida em garantir aos usuários que todos os dados do Recall são armazenados localmente. No entanto, isto levantou novas preocupações relativamente ao facto de os atacantes que obtiveram acesso não autorizado a um computador poderem copiar facilmente todas as informações privadas.
Na apresentação, a Apple mencionou brevemente o novo recurso de pesquisa semântica no iOS. “Se você precisa encontrar rapidamente informações importantes, mas não se lembra onde elas estão armazenadas, o Siri usa seu índice semântico pessoal para encontrar rapidamente as informações que você precisa”, disse Greg Joswiak, vice-presidente sênior de marketing da Apple. Aparentemente, a função funciona quase da mesma forma que o Windows Recall. Ou seja, a Siri analisa as informações do aparelho e encontra os dados necessários a pedido do usuário.
A única diferença é que a Apple pontuou imediatamente todos os i’s: as informações são armazenadas no dispositivo do usuário e não são enviadas para a nuvem. Apesar das semelhanças óbvias na funcionalidade, a busca semântica da Apple ainda não gerou o mesmo clamor público que o Windows Recall.