O escândalo em torno do fabricante de sistemas de refrigeração EKWB continua a crescer. Agora, vários ex-funcionários dizem que a empresa tem um ambiente de trabalho hostil, com linguagem ofensiva nos seus escritórios no Texas, funcionários que não recebem horas extras e relações com fornecedores prejudicadas por atrasos nos pagamentos.
O ex-gerente de desenvolvimento de negócios e produto da EKWB, Dan Henderson, acusou a empresa de racismo, relata PCGamesN. A informação foi confirmada pelo recurso Tom’s Hardware, cujos jornalistas puderam conversar com Henderson e outros quatro ex-funcionários da EKCS, divisão americana da empresa – todos descreveram o ambiente de trabalho como caótico e tóxico.
A EKWB (Edvard König Water Blocks) foi fundada em 2003 por Edward König e está sediada em Komenda, Eslovênia. A filial dos EUA em San Antonio, antes de fechar seus escritórios, vendia componentes refrigerados a água equipados com os mesmos sistemas de PC para jogos da marca Fluid Gaming e estações de trabalho Fluid Works.
A gestão eslovena, segundo Henderson e outros funcionários, menosprezou repetidamente os trabalhadores americanos, chamando-os de preguiçosos e estúpidos e acusando-os de má gestão de inventário. Os americanos acreditam que o software de contabilidade de armazém usado pelo EKWB é o culpado de tudo – às vezes chegava ao ponto em que centenas de milhares de dólares em produtos permaneciam desaparecidos.
Os funcionários americanos, segundo a ex-gerente regional de vendas Jemari Serraty, passavam horas tentando contar itens nas prateleiras para compensar falhas de software, mas os eslovenos acusaram os americanos de roubarem os produtos, não encontrando outra explicação para os problemas. Em alguns casos, as declarações ofensivas da liderança eslovena foram além de acusações de estupidez, preguiça e roubo, evoluindo para racismo flagrante. Serrati era o único funcionário negro no escritório, e um colega de trabalho fez piadas racistas e quase bateu várias vezes nele com uma empilhadeira. Ele também ouviu comentários racistas de um técnico visitante da Eslovênia.