Há alguns anos, Lisa Spelman, cuja experiência nas estruturas da Intel ultrapassa vinte anos, ocupou o cargo de vice-presidente corporativa e chefe de produtos Intel Xeon, mas posteriormente deixou a empresa. A partir de agosto deste ano, ela comandará a startup Cornelis Networks, parcialmente controlada pela Intel Corporation.
Na verdade, para Lisa Spelman isto é uma espécie de retorno, embora esta startup tenha se separado estruturalmente da Intel em 2020. A jovem empresa desenvolve tecnologias para troca de dados entre diversos servidores visando solucionar problemas comuns. Em condições de alta demanda por sistemas de inteligência artificial, tais tecnologias deveriam ser procuradas pelo mercado. No mínimo, as tecnologias desenvolvidas pela Cornelis Networks podem ser consideradas concorrentes da interface Infiniband promovida pela Nvidia após a compra da empresa israelense Mellanox em 2020. Inicialmente, a interface Omni-Path foi desenvolvida pela Intel para uso em sistemas de servidores, mas no final essa tecnologia foi para a startup Cornelis Networks, que deu continuidade ao seu desenvolvimento evolutivo. Na atual classificação TOP500, a participação de sistemas que utilizam esta interface da Cornelis não ultrapassa 1%.
Lisa Spelman começará seu novo cargo em 15 de agosto, tornando-se CEO da Cornelis Networks. Seu antecessor e cofundador da Cornelis, Philip Murphy, passará para o cargo de diretor de operações da startup como resultado desta nomeação. A Intel possui uma pequena participação na Cornelis Networks. Lisa Spelman está empenhada em oferecer a tecnologia que a startup está desenvolvendo tanto para grandes provedores de serviços em nuvem quanto para clientes corporativos que estão construindo seus próprios data centers. Spelman estima a capacidade deste segmento de mercado em US$ 20 bilhões. A própria Intel pode compartilhar clientes com a Cornelis. Além disso, a rival AMD também utiliza os serviços da Cornelis.