Os requisitos do governo dos EUA para o desempenho aceitável de aceleradores de computação aprovados para entrega à China são, na maioria dos casos, formulados na forma de algumas características mensuráveis, mas raramente são tornados públicos. A Intel, foi revelado esta semana, também enfrentará restrições no fornecimento de aceleradores Gaudi para a China.

Fonte da imagem: Intel

A gigante dos processadores, que passa por um período difícil em sua história, dificilmente pode ser considerada um player significativo no segmento de aceleradores de computação para sistemas de inteligência artificial. Dos 10% do mercado que a Nvidia deixa para outros participantes do mercado, a maior parte é da AMD, e o papel da Intel nesse tipo de atividade comercial é geralmente mínimo. Aliás, essa omissão não passou despercebida pelo novo CEO da Intel, Lip-Bu Tan, que prometeu fortalecer a posição da empresa no segmento de aceleradores para sistemas de IA.

Segundo o Financial Times, a Intel já notificou seus clientes chineses sobre a necessidade de obter uma licença de exportação para fornecer seus aceleradores de computação para a China, que têm um nível de desempenho superior aos limites declarados pelas autoridades norte-americanas. Assim, o limite para largura de banda de memória é definido em 1400 GB/s, para largura de banda de interface – 1100 GB/s, enquanto no total esses valores não podem exceder 1700 GB/s. Assim como os aceleradores Nvidia H20, a família de soluções Gaudi da Intel está obviamente sujeita a limitações.

A Nvidia já estimou suas perdas potenciais com as novas sanções dos EUA nessa área em US$ 5,5 bilhões, com base apenas nos resultados do primeiro trimestre. Segundo dados não oficiais, até o final do ano atual, essas perdas ultrapassarão facilmente US$ 10 bilhões. Atualmente, a AMD está satisfeita com estimativas mais modestas de danos, no valor de US$ 800 milhões, e a Intel ainda não publicou seus cálculos sobre o assunto. A menção à necessidade de obter licenças de exportação para fornecer aceleradores para a China é apenas uma formalidade. Na prática, todas as três empresas têm muito pouca chance de obter tais licenças.

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