Obviamente, a eficiência e a produtividade dos painéis solares em espaços abertos e ambientes urbanos irão variar significativamente. Mas até agora ninguém oferece painéis solares que funcionem à sombra ou com luz difusa. Talvez o primeiro passo em direção aos painéis solares “urbanos” tenha sido dado por cientistas da Coreia do Sul, que criaram o aparato analítico necessário para isso.
Os pesquisadores têm avançado consistentemente em direção a uma avaliação matematicamente baseada nos painéis existentes, levando em consideração muitos fatores desfavoráveis: desde a incidência de luz espalhada até ângulos de incidência subótimos e reflexão da luz de superfícies com diferentes propriedades reflexivas. A principal conclusão que mesmo o modelo claramente incompleto e imperfeito nos permitiu tirar é que os painéis solares para a cidade e para interiores não devem ser planos.
Já existem trabalhos que propõem fotocélulas em mosaico sobre base flexível ou com memória de forma. Algo semelhante, numa primeira aproximação, foi criado por um grupo de cientistas do Instituto Coreano de Pesquisa em Engenharia Elétrica (KERI), que anteriormente realizava cálculos usando uma nova ferramenta analítica. Um experimento em laboratório mostrou que um fotopanel em forma de objeto tridimensional sem vidro protetor e com função de autocontrole é capaz de gerar 60% mais energia do que um painel plano convencional.
Os pesquisadores não afirmam que seu painel será ideal para uso interno ou urbano. No entanto, a ferramenta analítica que propuseram, que leva em consideração até o tipo e tipo de elementos de iluminação e o nível de poeira no ar, ajudará no desenvolvimento dos projetos de painéis solares mais adequados para a cidade. De particular interesse é a seção desta ferramenta que permite projetar painéis solares para instalação em veículos onde as condições de iluminação serão quase sempre ou frequentemente inferiores às ideais.