O Departamento de Justiça dos EUA aprovou um projeto de lei que impediria as principais plataformas digitais, incluindo Amazon e Google, de priorizar seus próprios produtos e serviços em relação a ofertas semelhantes de concorrentes.
Grandes empresas de tecnologia, incluindo Amazon, Google e Apple, se opõem ao projeto de lei, insistindo que aprová-lo dificultará a oferta de serviços populares aos consumidores. Há também uma opinião de que os criadores de plataformas de negociação eletrônica, motores de busca e lojas de aplicativos têm todo o direito de obter o máximo benefício de seus desenvolvimentos. O Departamento de Justiça assume uma posição diferente: o domínio das plataformas lhes dá poder ilimitado para influenciar o destino de outras empresas que se beneficiariam muito com a limitação das capacidades dos gigantes da tecnologia.
O novo documento complementa as leis antitruste existentes e esclarece quais práticas o Congresso considera ilegais e anticompetitivas, observando que “aumentará a capacidade do Departamento de Justiça e da [Federal Trade Commission] de se opor a tais práticas”. O projeto de lei também é apoiado pela administração do presidente dos Estados Unidos. Mas entre os legisladores americanos, a iniciativa ainda é impopular: a ala conservadora tem medo de expandir os poderes do governo para controlar os mercados digitais, e os democratas (especialmente da Califórnia, onde fica o Vale do Silício) argumentam que o projeto de lei é formulado com viés e dirigido contra grandes empresas.
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