O medo tem olhos grandes – em 2025, alguns meios de comunicação começaram a falar sobre uma formidável tecnologia chinesa para realizar sabotagem subaquática. O culpado foi uma patente registrada em 2020 pela Universidade de Lishui, que descreve um dispositivo para danificar mecanicamente a infraestrutura subaquática. No entanto, após um exame mais detalhado, descobriu-se que não há nada de revolucionário na invenção e que a “arma do juízo final” tem sido usada há muito tempo, até mesmo para fins pacíficos, relata a Telegeography.
Na verdade, estamos falando de um grapnel, que é uma âncora com lâminas que é puxada pelo fundo. O operador monitora a tensão do cabo e, se ele ficar frouxo, a ferramenta é levantada e examinada em busca de traços de cobre nas lâminas. Embora a patente chinesa seja relativamente nova, a tecnologia é conhecida na indústria de cabos há mais de um século. Além disso, é principalmente uma ferramenta criativa, não destrutiva. Esses ganchos são usados para levantar cabos danificados do fundo para reparos posteriores. Uma patente semelhante foi registrada em 1962, mas, na verdade, tais dispositivos têm sido usados para trabalhar com cabos desde meados do século XIX. Elas mesmas foram inventadas na Roma Antiga, embora fossem para embarque.
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Um desenvolvimento chinês mais recente parecia mais assustador: é um sistema com um disco de corte capaz de destruir a proteção do cabo. Porém, aqui também não houve sensação alguma. Enquanto os ganchos podem operar em profundidades de até 9.000 m, o novo produto só pode operar em profundidades de até 4.000 m. Ao mesmo tempo, cabos em maiores profundidades geralmente não têm blindagem séria. Vale ressaltar que não é necessário nenhum dispositivo especial para danificar os cabos. Os cabos são danificados mais de 200 vezes por ano por âncoras, redes de pesca e deslizamentos submarinos.
