O serviço de nuvem francês OVHcloud apresentou uma queixa contra a Microsoft, acusando a gigante do software de abusar de sua posição dominante, supostamente prejudicando a concorrência.
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O assunto da reclamação eram as peculiaridades do licenciamento de software da Microsoft – em particular, produtos como o pacote Office. De acordo com a OVHcloud, os produtos da Microsoft têm um desempenho significativamente pior com outros serviços cloud do que com o Azure, o próprio serviço da empresa, o que torna a concorrência muito mais difícil. A preocupação das autoridades europeias com a situação do mercado de serviços em nuvem é crescente, e a Microsoft, tradicionalmente evitando a atenção das autoridades reguladoras, é cada vez mais visada: a posição da empresa neste segmento não pode ser considerada dominante, mas tem a oportunidade de compensar isso através de outros produtos.
Em 2020, a Slack Technologies, proprietária do popular mensageiro de negócios, apresentou uma reclamação à UE de que a Microsoft havia integrado o sistema de mensagens do Teams ao Office. No ano passado, o provedor de nuvem alemão Nextcloud apresentou uma reclamação sobre a integração do armazenamento OneDrive com o sistema operacional Windows.
Atualmente, está sendo elaborado na Europa um projeto de lei que concederá aos gigantes da tecnologia, incluindo a Microsoft, o status de “guardiões” e sujeitos a regras especiais para interagir com concorrentes e consumidores. Além disso, será elaborada uma lei exigindo que os gigantes da tecnologia façam mais esforços para controlar o conteúdo online.
Apesar do crescimento ativo do mercado europeu de serviços em nuvem, os três maiores provedores americanos dominam aqui: Microsoft, Amazon e Google, que, segundo analistas do Synergy Research Group, respondem por uma participação de 69%. O maior player local é a Deutsche Telekom com 2% de participação, enquanto a francesa OVHcloud tem apenas 1%.
