Faltando menos de um mês para o prazo final de venda do TikTok nos EUA, seu proprietário chinês ainda não iniciou negociações com potenciais compradores. Ao mesmo tempo, as empresas interessadas em comprar estão cada vez mais frustradas pela falta de acesso aos detalhes financeiros e técnicos da plataforma.

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Como escreve o Axios, a situação também é complicada pela falta de clareza no processo de negociação por parte da administração dos EUA. A expectativa inicial era que o acordo fosse supervisionado pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, que preside o Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS). Entretanto, agora a iniciativa parece ter sido tomada pelo vice-presidente JD Vance.
As autoridades chinesas, por sua vez, não comentaram publicamente a situação. Uma fonte até comparou as negociações a “fazer malabarismos com quatro bolas quando uma delas é invisível”. Ao mesmo tempo, os participantes das discussões estão propondo diferentes opções para o acordo, mas ninguém tem certeza de qual deve ser exatamente seu formato final.
Em termos de cronograma, 5 de abril não parece ser uma data final, já que Trump já estendeu a proibição do TikTok nos EUA por 75 dias sem justificativa legal, então especialistas dizem que não há razão para acreditar que ele não poderá fazer isso novamente.
Além disso, a assinatura de pelo menos um acordo preliminar pode justificar a prorrogação do prazo, de acordo com a lei do ano passado. Além disso, o senador Edward Markey propôs adiar a compra por mais 270 dias. É verdade que essa iniciativa ainda não avançou no Congresso.
Curiosamente, em meio à incerteza, Trump manifestou publicamente a ideia de criar um fundo soberano dos EUA para comprar o TikTok, com Michael Grimes, ex-banqueiro de alto escalão do Morgan Stanley, encarregado de liderar o projeto. No entanto, muitos especialistas consideram essa iniciativa irrealista devido ao alto nível de dívida do governo dos EUA.
