O ex-chefe de segurança do Twitter, Peiter Zatko, enviou um documento de 84 páginas à Securities and Exchange Commission (SEC), ao Departamento de Justiça e à Federal Trade Commission (FTC), dizendo que a administração da rede social está enganando os reguladores em relação à sua proteção contra hackers e contas de spam.

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O especialista, em particular, disse que alertou repetidamente o empregador sobre o estado deplorável da segurança cibernética da plataforma: mais da metade dos servidores do Twitter, segundo ele, estão rodando softwares desatualizados e inseguros. Isso não permite que o serviço forneça proteção suficientemente confiável contra cibercriminosos e spammers.

O Sr. Zatko argumenta que a prioridade da gestão da plataforma não é reduzir o spam, mas aumentar a base de usuários. Em particular, os principais gerentes receberam bônus individuais de US$ 10 milhões, e seu pagamento dependia apenas do número de usuários ativos diários do Twitter, mas não da redução do spam. Além disso, a administração da empresa simplesmente não tem recursos para determinar com segurança o número de bots na plataforma.

A questão do número de contas de spam no Twitter foi a chave para a recusa de Elon Musk em cumprir sua obrigação de comprar a rede social. Depois que se soube sobre o arquivamento deste documento por Zatko, os advogados de Musk intimaram o ex-chefe do serviço de segurança da plataforma no tribunal. A demissão de Zatko ficou conhecida em janeiro passado – um representante da empresa hoje atribuiu isso à sua “gestão ineficaz e baixa produtividade”, relata a Reuters.

Os interesses do especialista são representados pessoalmente por John Tye, fundador da Whistleblower Aid, que presta apoio aos denunciantes. O advogado enfatizou que seu cliente começou a cooperar com as autoridades antes mesmo de Musk anunciar seu interesse nos ativos do Twitter.

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