Os provedores de telecomunicações dos EUA não poderão lançar programas de substituição de equipamentos ZTE e Huawei, a menos que tenham certeza de que os custos associados serão reembolsados pelo orçamento federal. Livrar-se do equipamento chinês exigirá mais de US$ 3 bilhões, além dos US$ 1,9 bilhão já comprometidos, disse a presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Jessica Rosenworcel, ao Congresso.
Em uma carta à presidente do Comitê de Comércio do Senado, Maria Cantwell, a chefe da FCC observou que sua agência será capaz de financiar todas as “estimativas de custo comprovadas e apoiadas em aplicativos aprovados, [mas] o Programa de Reembolso precisará de aproximadamente US$ 4,98 bilhões, o que reflete um déficit em US$ 3,08 bilhões em comparação com os US$ 1,9 bilhão alocados”.
Com a demanda superando o valor que a FCC foi obrigada a alocar para compensar o custo do abandono de equipamentos chineses, a agência teve que priorizar os pedidos de empresas com “dois milhões ou menos” de clientes. E isso, observou o chefe da FCC, não é muito bom, pois o prazo de inscrição para os provedores está se aproximando.
Washington afirma há anos que os equipamentos de rede chineses representam uma ameaça à segurança nacional dos EUA, mas as alegações não são específicas e a Huawei e a ZTE as negam. Os Estados Unidos também pressionaram seus parceiros comerciais e aliados políticos a seguirem o exemplo. O Reino Unido foi o primeiro a render-se, bloqueando o funcionamento dos equipamentos da Huawei e exigindo a sua exclusão dos projetos de implantação de redes 5G até 2027. A Alemanha, que supostamente foi ameaçada pelos Estados Unidos para cortar as transferências de inteligência, disse em abril que iniciaria uma revisão de segurança nacional do equipamento 5G chinês, embora Berlim tenha insistido anteriormente que tinha o direito de tomar tais decisões por conta própria.
Nos três países, a presença de equipamentos de telecomunicações chineses, e principalmente de sistemas da Huawei, ainda é significativa, e seu abandono levará vários anos e exigirá investimentos significativos. Cerca de 41% dos equipamentos 4G no Reino Unido são da marca Huawei, estimou recentemente a Strand Consult, e grandes países europeus como Áustria, Alemanha, Espanha, Itália, Polônia e Portugal continuam comprando uma quantidade significativa de equipamentos 5G de fornecedores chineses.
Os Estados Unidos iniciaram uma campanha para abandonar os produtos chineses em 2020, mas as normas adotadas até então ainda não são observadas – mesmo o governo do país continua comprando produtos proibidos da Huawei e ZTE para suas próprias necessidades, e as autoridades locais não se preocuparam em mudar sua política de compras públicas. Nesse ínterim, uma associação industrial de provedores americanos enviou uma carta à Sra. Rosenworsel, observando a “urgência e dificuldades” que eles enfrentaram na implementação do programa. O documento destaca que muitas delas são as únicas operadoras nas áreas rurais, e não poderão substituir equipamentos “não confiáveis” e continuar prestando serviços de comunicação se o reembolso federal das despesas ficar abaixo de 40%.
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