A secretária de imprensa da Casa Branca, Caroline Leavitt, disse que o trabalho estava em andamento para “melhorar o Wi-Fi” em todo o complexo governamental de Washington, D.C. O trabalho parece envolver a abertura do serviço de internet via satélite Starlink da SpaceX para a Casa Branca e outros prédios governamentais para resolver problemas com “serviço de celular instável” e “infraestrutura de Wi-Fi sobrecarregada”.
Segundo a fonte, um representante da SpaceX estava explorando a possibilidade de colocar um terminal Starlink no telhado do Edifício Executivo Eisenhower, no complexo da Casa Branca. No entanto, a Casa Branca não recebe um sinal do sistema Starlink diretamente, pois as informações são roteadas por meio de um centro de dados localizado a vários quilômetros de distância do complexo. O Starlink é normalmente usado para fornecer acesso à internet em áreas remotas e de difícil acesso, mas esse não é o caso aqui, já que a Casa Branca está localizada na densamente povoada Washington, D.C.
Jornalistas e alguns americanos ficaram descontentes não apenas com o fato de a empresa de Elon Musk, um dos associados próximos do presidente dos EUA, Donald Trump, ter se tornado o provedor de Internet da Casa Branca. O especialista em segurança da informação também observou que o sistema Starlink poderia se tornar um canal de ataque adicional à infraestrutura cuidadosamente controlada do complexo governamental. Não há razão aparente para usar o Starlink na Casa Branca, dizem especialistas, já que a maneira mais óbvia de resolver o problema de redes Wi-Fi sobrecarregadas é instalar mais cabos de rede e mais pontos de acesso.
Autoridades da Casa Branca disseram que a Starlink havia “presenteado” acesso à internet via satélite. Talvez esse fato possa convencer alguns americanos da legitimidade do uso do Starlink na Casa Branca, especialmente considerando que os sinais do espaço não vão diretamente, mas passam por um centro de dados.