Surgiram na internet slides de apresentação da AST SpaceMobile, que falam sobre o procedimento de prestação de serviços de comunicação celular da empresa via satélite. As tarifas serão oferecidas mensalmente e diariamente. O serviço será oferecido automaticamente aos clientes das operadoras que irão trabalhar com a rede AST SpaceMobile.
Conforme explicado nas imagens da apresentação, um convite para o uso de comunicações móveis via satélite aparecerá na tela do smartphone toda vez que ele sair da área de cobertura das torres de celular terrestre. Se esta opção for selecionada, o assinante poderá aproveitar imediatamente todos os benefícios das comunicações móveis de alta velocidade através do espaço – fazer videochamadas, usar a Internet e enviar mensagens de texto. A velocidade de conexão prometida chegará a 20 Mbit/s e superior.
A apresentação também explica a quem serão direcionadas as comunicações celulares espaciais. A empresa tem como alvo usuários comuns e corporativos, chamadas de emergência e Internet das Coisas. Neste último caso, por exemplo, podemos falar de sensores e equipamentos agrícolas.
A AST SpaceMobile já começou a implantar suas “torres de celular” – satélites gigantes BlueBird – em órbita. Para o usuário médio, isso promete mais conforto com uma conexão estável mesmo em locais remotos da Terra, mas os astrônomos já estão horrorizados com o que está acontecendo. Esta e outras constelações de satélites de comunicações em órbita baixa ameaçam enterrar a astronomia observacional terrestre na faixa óptica e de rádio.
O concorrente mais formidável da AST SpaceMobile, a SpaceX de Elon Musk, está promovendo sua própria rede de comunicações espaciais móveis dentro da constelação Starlink Internet. Ambos esperam começar a testar o serviço de “chamada através do espaço a partir de um smartphone normal” antes do final deste ano, mas para cobrir todos os Estados Unidos, cada um deles terá que colocar muito mais satélites em órbita – dezenas no caso da AST SpaceMobile e centenas para a rede Starlink. A questão do pagamento pelo serviço também não é clara. A maioria dos assinantes simplesmente não está disposta a pagar a mais pela comunicação através do espaço.