A Alemanha não seguirá o exemplo dos Estados Unidos, que impuseram a proibição total do uso de produtos de fabricantes chineses de equipamentos de telecomunicações, incluindo a Huawei. Em vez disso, o país continuará a tomar decisões sobre o uso deste ou daquele equipamento para cada caso específico, disse um porta-voz do Ministério da Economia alemão.

O anúncio segue a proibição total dos EUA de vendas de equipamentos de telecomunicações Huawei e ZTE, bem como de dispositivos Hikvision, Dahua e Hytera no país, pois seu uso representa um “risco inaceitável” para a segurança nacional.

Um documento de estratégia de país desenvolvido pelo Ministério da Economia alemão contém recomendações detalhadas para fortalecer o controle sobre o uso de componentes de determinados países. Refere-se a uma lei aprovada na Alemanha, que define o quadro de cooperação com fabricantes de equipamentos de telecomunicações envolvidos na criação de infraestruturas críticas como redes 5G de alta velocidade, como a Huawei.

De acordo com essa lei, componentes individuais de TI ou empresas de manufatura inteiras podem ser banidos e declarados não confiáveis ​​se os fornecedores fizerem alegações falsas, não conseguirem manter auditorias de segurança ou não relatarem e corrigirem vulnerabilidades o mais rápido possível. O documento do Ministério da Economia também prevê a proibição do fornecimento de componentes e produtos fabricados por fornecedores em estados autoritários para telecomunicações e tecnologia da informação, bem como outras infraestruturas críticas, como transporte ou abastecimento de água e alimentação.

Um porta-voz da Huawei, em resposta ao pedido de um repórter da Reuters para saber se a empresa espera regulamentação mais rígida ou proibição de remessas de equipamentos para a Alemanha ou a União Europeia, disse que o fabricante está contando com um diálogo construtivo e baseado em fatos.

«O uso seguro das redes não depende do país de origem do provedor e só pode ser garantido por meio de padrões globais por meio da cooperação internacional entre a indústria e os reguladores”, disse a Huawei.

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