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A Apple descobriu inconsistências nas leis DSA e DMA ao tentar impedir mudanças na App Store.

A Apple enviou uma carta à Comissão Europeia, principal órgão regulador da indústria na UE, criticando as recentes solicitações para que a plataforma App Store esteja em conformidade com a Lei de Serviços Digitais (DSA). A empresa salientou que as recentes solicitações da Comissão contradizem certos requisitos da Lei dos Mercados Digitais (DMA) que a Apple já havia sido obrigada a implementar.

Fonte da imagem: Alireza Khoddam / unsplash.com

A Comissão Europeia solicitou anteriormente informações à Apple sobre como a empresa identifica conteúdo fraudulento e o que faz para mitigar os riscos de fraude financeira em aplicativos. Uma carta separada solicitou detalhes sobre as políticas da Apple relativas à proteção de menores na App Store. Ambos os pedidos fazem parte de uma investigação em curso sobre a conformidade da Apple com a Lei de Serviços Digitais da UE.

A resposta da Apple foi preparada por Kyle Andeer, Vice-Presidente de Assuntos Jurídicos, que comentou as preocupações do regulador. Ele também apontou a hipocrisia de questionar a proteção do consumidor na App Store enquanto, simultaneamente, exige que a Apple ofereça suporte a recursos que não são abrangidos por essas medidas. Na carta, Andeer afirma que é “difícil conciliar” a investigação da Lei de Serviços Digitais com a “interpretação e aplicação agressiva” da Lei dos Mercados Digitais pela Comissão Europeia. Ele também argumenta que a investigação sobre as salvaguardas da App Store “desafia toda a lógica” à luz dos requisitos da Lei dos Mercados Digitais. Ele também afirmou que a Comissão Europeia deveria aplicar a Lei de Proteção de Dados (DSA) e a Lei de Proteção de Dados (DMA) como um todo unificado, e não como políticas separadas.

“É ilógico exigir que a Apple proteja os usuários, incluindo menores, contra fraudes na App Store, enquanto simultaneamente exige a implementação de recursos como clicar em links e navegar em páginas da web que aumentam o risco de fraude sem as salvaguardas necessárias. A Comissão não pode, ao mesmo tempo, proibir a Apple de tomar as medidas que considera necessárias para reduzir o risco de golpes e fraudes na App Store e, ao mesmo tempo…””É ilógico que a Apple seja submetida a um escrutínio intenso por não fornecer ainda mais medidas de mitigação de riscos na App Store. É ilógico que uma lei da UE incentive a Apple a minimizar o risco de os consumidores serem expostos a fraudes ou de menores encontrarem aplicativos potencialmente prejudiciais na App Store, enquanto outra lei da UE proíba a Apple de usar as mesmas medidas para mitigar riscos semelhantes simplesmente porque eles existem fora da App Store. Essa situação paradoxal cria uma estrutura regulatória que, na prática, endossa deixar os usuários de iOS e iPadOS em risco caso optem por não usar a App Store, quando os desenvolvedores usam links de terceiros ou se os usuários interagirem com produtos de terceiros para iOS e iPadOS”, afirma a carta de Andir.

Ele acrescentou ainda que, a menos que a Comissão Europeia priorize a proteção do consumidor contra ameaças online, incluindo vários tipos de fraude, em todos os contextos de aplicação da lei, incluindo a DMA (Agência de Gestão de Dispositivos Médicos), e utilize as ferramentas disponíveis para abordar essas inconsistências fundamentais, os objetivos da DSA (Lei de Segurança de Dispositivos Médicos) não serão plenamente alcançados, independentemente dos esforços de conformidade da Apple.

Vale lembrar que a legislação europeia exige que a Apple apoie lojas alternativas de conteúdo digital e cumpra suas regras de engajamento, as quais, segundo a Apple, comprometem a privacidade e a segurança. Andir escreveu que a Lei do Mercado Digital “expõe os usuários ao risco de fraude” em plataformas de terceiros, e a Comissão Europeia já foi alertada sobre isso.

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