Na área de comércio exterior, o atual presidente dos EUA, Donald Trump, começou a impor exigências bastante rígidas aos parceiros, e Taiwan, com seu forte déficit comercial, não se encontra em melhor posição. Segundo rumores, o presidente americano está disposto a reduzir os impostos alfandegários sobre produtos de Taiwan se a TSMC comprar metade das ações da Intel e investir mais US$ 400 bilhões nos EUA.

Fonte da imagem: TSMC
Pelo menos, essas condições estão sendo discutidas por alguns meios de comunicação taiwaneses em antecipação às negociações entre as autoridades da ilha e o presidente americano. Caso as condições deste último não sejam cumpridas, os produtos de Taiwan serão taxados a uma alíquota de 20% quando importados para os Estados Unidos. Japão e Coreia do Sul já conseguiram uma alíquota de 15%, mas em troca tiveram que prometer investir enormes somas na indústria americana.
Essa exigência se aplica em parte a Taiwan, já que Trump quer obrigar a TSMC a investir outros US$ 400 bilhões na economia americana. Vale lembrar que, mesmo antes de Trump assumir o cargo de presidente dos EUA pela segunda vez, em janeiro deste ano, a TSMC planejava investir US$ 65 bilhões ao longo de vários anos para construir três fábricas no Arizona para produzir chips usando tecnologias litográficas avançadas. Trump, logo após assumir o poder, aumentou o valor para US$ 165 bilhões e ampliou o número de fábricas em cinco, sendo que duas delas precisariam testar e embalar chips nos EUA, para não precisar transportar wafers de silício processados no Arizona para Taiwan e vice-versa para essas operações tecnológicas.
Aumentar os investimentos da TSMC em mais US$ 400 bilhões somente nos EUA parece uma demanda séria, então é difícil dizer se uma empresa de capital aberto estaria disposta a tomar tais medidas em benefício de toda a ilha de Taiwan. As autoridades deste estado não reconhecido detêm apenas 6,38% das ações da TSMC, portanto, não podem pressionar formalmente sua administração.
Ainda mais difícil de implementar é a condição para a TSMC adquirir 49% das ações da Intel. É claro que, para a fabricante americana de chips em dificuldades, o surgimento de tal investidor seria uma saída visível, mas está repleto de obstáculos. A propósito, a ideia de transferir as empresas americanas da Intel para a gestão operacional da TSMC já foi discutida no último semestre do ano, mas a administração da empresa taiwanesa teve que refutar os rumores correspondentes. Novamente, no caso da iniciativa de Trump, se tal coisa existe, a TSMC é responsável pelo destino da economia de Taiwan, e não é fato que, sob a pressão de tal circunstância, a administração da fabricante taiwanesa reconsidere sua atitude em relação ao problema.
