As novas fábricas de chips que empresas locais e estrangeiras construirão nos Estados Unidos com a ajuda de subsídios governamentais criarão inúmeras vagas de emprego que terão de ser preenchidas por trabalhadores locais. Os fundos atribuídos pelas autoridades no âmbito da “Lei do Chip” ajudarão a garantir a sua formação em quantidades adequadas, como explica a Bloomberg.
De acordo com algumas estimativas, a escassez de especialistas técnicos na indústria americana de semicondutores até 2030 será estimada em 90.000 pessoas e, para cobri-la, pelo menos parcialmente, a sua formação terá de ser financiada não só por empresas privadas, mas também por o Estado. De acordo com a Bloomberg, Intel, Samsung, TSMC e Micron, que pretendem construir novas empresas nos Estados Unidos, estão dispostas a gastar 40-50 milhões de dólares cada uma nas suas respectivas necessidades.
Além disso, as autoridades dos EUA vão alocar entre 500 mil e 2 milhões de dólares em cada caso para financiar dez programas educacionais para a indústria de semicondutores. Estes fundos serão arrecadados a partir dos 5 mil milhões de dólares que as autoridades do país pretendem atribuir à criação e desenvolvimento do Centro Nacional de Tecnologias de Semicondutores. Desde a assinatura da Lei CHIP em 2022, aproximadamente 50 instituições de ensino público nos Estados Unidos adicionaram programas de treinamento da indústria de semicondutores aos seus currículos. Ao mesmo tempo, foi anunciado um candidato à 12ª bolsa para a construção de uma fábrica de produção de chips nos Estados Unidos. Acabou sendo a Rogue Valley Microdevices, da Flórida, que construirá uma fábrica no estado para produzir chips usados tanto no setor de defesa quanto no segmento de biotecnologia.