Para os iniciadores das sanções ocidentais contra a Huawei, o surgimento de processadores de 7 nm produzidos independentemente pela SMIC da China nos smartphones Mate 60 Pro, há dois anos, foi um choque sério. Alguns especialistas começaram a prever que a Huawei e a SMIC seriam capazes de lançar a produção de chips de 5 nm em alguns anos, mas apenas um chip de 7 nm foi encontrado no recém-lançado laptop MateBook Fold.

Fonte da imagem: Huawei Technologies

Pelo menos, essa é a conclusão a que chegaram especialistas da empresa canadense TechInsights, cujos comentários são citados pela Bloomberg. Há dois anos, eles descobriram que a Huawei não só tinha acesso a chips de 7 nm fabricados na China após vários anos sob sanções americanas, como também instalava memórias sul-coreanas em seus dispositivos. “Isso provavelmente indica que a SMIC ainda não domina a produção em massa de chips com tecnologia comparável às soluções de 5 nm”, observa a TechInsights.

Assim, as esperanças de um rápido desenvolvimento da tecnologia de processo de 5 nm por empresas chinesas não se justificam nesta fase de seu desenvolvimento tecnológico. Considerando que a taiwanesa TSMC iniciará a produção em massa de chips de 2 nm este ano, a Huawei, com seus chips de 7 nm fabricados pela SMIC, acaba sendo relegada aos líderes mundiais por três gerações de litografia. De fato, isso indica a eficácia parcial das sanções ocidentais contra as empresas chinesas mencionadas. Lembremos que o fundador da Huawei Technologies, Ren Zhengfei, recentemente defendeu o foco na escala planar dos tamanhos dos transistores. Segundo ele, as tecnologias de layout e encapsulamento dos chips são capazes de garantir o progresso no desempenho do processador sem a necessidade de migrar para uma litografia mais avançada.

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