O segundo trimestre, desastroso do ponto de vista de muitos investidores, trouxe problemas relacionados para a Intel. Um grupo de acionistas processou a administração por ocultar informações sobre a péssima situação financeira da empresa, e a agência internacional Moody’s baixou a classificação de crédito da Intel para abaixo da média, embora tenha deixado motivos para otimismo.

Fonte da imagem: Intel

Conforme observado em comunicado dos representantes da Moody’s, o rebaixamento da classificação de crédito da Intel de A3 para BAA1 é explicado pelas expectativas de uma deterioração na lucratividade da empresa nos próximos 12 ou 18 meses. Se nos 12 meses anteriores a relação entre a carga de dívida da Intel e os pagamentos de juros e depreciação, incluindo impostos, não excedesse 4,35, então no próximo ano e meio poderia subir para 7. Por sua vez, uma diminuição na classificação de crédito irá complicar o acesso da empresa aos fundos emprestados.

Representantes da Moody’s explicam a deterioração da rentabilidade da Intel no período até ao final de 2025 pela necessidade de aumentar os custos para o desenvolvimento de novas tecnologias e a construção de novos empreendimentos. Além disso, a empresa não possui uma estrutura de linha de produtos muito boa para a atual situação do mercado e a demanda por seus produtos é inferior ao esperado em quase todos os segmentos de mercado. Assim, a Intel está perdendo posição de mercado, o que tem um impacto negativo nas receitas, que deveriam ser parcialmente utilizadas para saldar obrigações de dívida.

No entanto, os especialistas da Moody’s estão confiantes de que a divisão Intel Foundry é capaz de atingir o ponto de equilíbrio operacional até 2027, mas para isso a empresa precisa aprender como produzir produtos a baixo custo usando processos técnicos avançados e em grandes quantidades, tanto para suas próprias necessidades quanto para clientes terceiros.

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