Os interesses de Patrick Gelsinger têm sido manchetes desde que ele deixou o cargo de CEO da Intel no início de dezembro do ano passado, e mais uma startup que ele apoia está fazendo uma declaração intrigante. A Snowcap Compute tem como objetivo construir chips para supercomputadores que possam conduzir supercondutividade.

Fonte da imagem: Snowcap Compute
Por sua vez, o estado de supercondutividade reduzirá significativamente o consumo de energia desses chips, embora tradicionalmente seja alcançado em temperaturas ultrabaixas, o que também exige altos custos de energia para sua manutenção. De uma forma ou de outra, como explica a Reuters, os representantes da Snowcap Compute estão convencidos de que o investimento valerá a pena, já que a eficiência dos sistemas de computação finais cobrirá os custos adicionais de um resfriamento potente. A relação entre desempenho e consumo de energia dos chips desenvolvidos pela startup será 25 vezes maior do que a dos melhores representantes da atual geração de aceleradores.
Michael Lafferty, CEO da Snowcap Compute, explica: “A eficiência energética é boa, mas o desempenho é o que impulsiona as vendas. Portanto, estamos aumentando o desempenho e reduzindo o consumo de energia ao mesmo tempo.” Espera-se que a produção de chips com tais propriedades exija acesso ao nitreto de nióbio e titânio, uma liga cujos componentes devem ser originários do Brasil e do Canadá. A empresa espera ter as primeiras amostras de chips finalizados até o final do próximo ano, mas só muito mais tarde eles poderão ser colocados em produção para sistemas de computação completos.
A nuance é que a startup, nesta fase, contava com o apoio do ex-CEO da Intel, Patrick Gelsinger, que investiu parte dos US$ 23 milhões captados por investidores por meio do fundo de capital de risco Playground Digital, a ele associado. Além disso, Gelsinger também tem direito a um assento no conselho de administração da Snowcap Compute, o que significa que o ex-executivo da Intel estará diretamente envolvido na vida da startup. O próprio Gelsinger enfatizou: “Muitos data centers hoje têm sua escala limitada apenas pela quantidade de energia disponível.”
