A desenvolvedora de processadores britânica Arm, de propriedade do conglomerado japonês Softbank, apresentou uma resposta a uma reconvenção da Qualcomm, rejeitando todas as reivindicações e alegações da empresa americana. A empresa não planeja mudar o esquema de licenciamento.
Em agosto, a Arm processou a Qualcomm como resultado de uma disputa de licenciamento de arquitetura de processador. A Qualcomm respondeu com acusações inesperadas contra o parceiro britânico: segundo o réu, Arm está se vingando dele por sua posição contra a fusão fracassada com a NVIDIA e, para consolidar sua posição, a empresa teria decidido mudar o esquema de licenciamento do processador em detrimento de todos os fabricantes de chips – presume-se que os pagamentos serão cobrados dos fabricantes de dispositivos finais.
A Arm negou todas essas alegações e, em sua resposta à reconvenção, enfatizou que a essência de suas reivindicações é simples: quando a Qualcomm comprou a startup Nuvia, que era licenciada da Arm, o comprador teve que solicitar uma nova licença da empresa britânica para Processadores compatíveis com Arm desenvolvidos pela Nuvia. A Qualcomm diz que Arm decidiu tirar proveito da situação e receber royalties adicionais, e os termos da licença não previa tal permissão. Ao mesmo tempo, os próprios textos dos contratos de licença são secretos e, quando são publicados para uso judicial, são parcialmente editados.
Por fim, Arm negou categoricamente a afirmação da Qualcomm de que planejava mudar o modelo de licenciamento – a empresa britânica disse que essa informação é desinformação e enganosa, relata o The Register. Na realidade, a empresa não restringirá o acesso dos parceiros às suas tecnologias e continuará a cooperar com fabricantes de processadores e OEMs.