A holding britânica Arm é especializada no desenvolvimento de arquiteturas de processadores. Em meio ao boom da computação, os investidores podiam razoavelmente esperar um crescimento em seu desempenho financeiro. No último trimestre, a receita da Arm cresceu 34%, e sua previsão para o trimestre atual superou as expectativas dos analistas. As ações da empresa subiram 3%.

Fonte da imagem: Arm

Essa reação do mercado contrasta um pouco com as expectativas infladas observadas nos resultados financeiros dos clientes da Arm, Qualcomm e AMD, embora isso seja verdade, com ressalvas significativas, no caso da AMD. A Arm prevê uma receita de US$ 1,23 bilhão no trimestre atual, superando a média das expectativas dos analistas, que girava em torno de US$ 1,1 bilhão.

De acordo com o CEO da Arm, Rene Haas, citado pela Reuters, a divisão de Subsistemas de Computação da empresa gera uma receita de royalties maior do que outras divisões. Esse crescimento é impulsionado não apenas pelo número crescente de clientes da Arm nessa área, mas também pelo aumento dos gastos com infraestrutura de IA em geral. Isso permite que a holding veja o futuro próximo com otimismo.

O modelo de negócios de Subsistemas de Computação permite que os clientes da Arm lancem chips finalizados no mercado mais rapidamente do que antes, pois exige custos de retrabalho menores. Rene Haas enfatizou que o alto consumo de energia continua sendo um fator limitante para a escalabilidade de data centers, tornando as arquiteturas da Arm atraentes para os projetistas de chips devido à sua natureza inerentemente mais eficiente em termos de energia.

No último trimestre, a receita total da Arm cresceu 34%, atingindo US$ 1,14 bilhão, em comparação com a previsão dos analistas de US$ 1,06 bilhão. A empresa espera que os gigantes da computação em nuvem utilizem processadores baseados em Arm em sua infraestrutura em quase 50% dos casos até 2025. O Google criou com sucesso os processadores Axion compatíveis com Arm, que oferecem eficiência energética superior aos produtos da Intel ou da AMD.Segundo o CEO da Arm, a receita da empresa cresceu até 60%.

Os royalties de licenciamento aumentaram a receita principal da empresa em 56%, para US$ 515 milhões no último trimestre. Os royalties de cada processador baseado em Arm vendido aumentaram a receita em 21%, para US$ 620 milhões, com o crescimento observado tanto no segmento de smartphones e data centers quanto no automotivo. A TD Cowen estima que os clientes da Arm poderão faturar até US$ 200 bilhões anualmente com a venda de chips com arquiteturas correspondentes. A Arm também está preparada para desenvolver seus próprios processadores, conforme anunciado no último trimestre. O CEO explicou que os especialistas da Arm já fizeram alguns progressos nessa área, mas, por enquanto, estão apenas explorando a possibilidade de desenvolver seus próprios chips.

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