Representantes do Grupo Futurum em entrevista à CNBC exortaram o público ocidental a não negligenciar a capacidade dos fabricantes chineses de avançar no campo da litografia, mesmo diante das restrições de sanções. Em sua opinião, os fabricantes chineses ainda serão capazes de produzir componentes avançados, mesmo que tenham que se contentar com as tecnologias não mais avançadas.
Em maio, o Wall Street Journal informou que gigantes chineses como Huawei e Alibaba estavam explorando a possibilidade de desenvolver sistemas avançados de inteligência artificial baseados em componentes fabricados com tecnologias litográficas menos avançadas. Não é tão fácil quanto dizem os especialistas, mas experimentos individuais mostram resultados encorajadores. Em última análise, como enfatizam os analistas da New American Security, os fabricantes chineses serão capazes de alcançar o progresso tecnológico e o farão antes do esperado.
O CEO da NVIDIA, Jensen Huang, disse na semana passada que a presença de muitas empresas jovens na China desenvolvendo GPUs o faz pensar na capacidade da indústria local de inteligência artificial de ter sucesso com o financiamento do governo.
Além disso, por volta de 2021, os fabricantes chineses alcançaram competitividade aceitável na produção de chips com tecnologias de 28nm e 14nm, consideradas mais maduras, mas com alta demanda no mesmo segmento automotivo. A demanda por chips de 28 nm, segundo a International Business Strategies, mais do que triplicará até 2030 e será avaliada em US$ 28,1 bilhões.O mercado para chips dessa classe será grande o suficiente para garantir a sobrevivência das empresas chinesas mesmo sem acesso a litografias mais avançadas.