Uma reunião do conselho de administração da Intel está marcada para este mês, na qual poderão ser tomadas decisões que mudarão a vida da empresa com problemas financeiros. Em particular, a Qualcomm está interessada em alguns ativos, e a própria Intel está considerando vender o restante das ações da Mobileye, ou se despedir da divisão que desenvolve soluções de rede para o mercado corporativo.
A Reuters informou hoje que a Qualcomm vem demonstrando interesse nos ativos da Intel relacionados ao desenvolvimento de processadores para o mercado consumidor há vários meses consecutivos. A julgar pelo foco deste último em conquistar o mercado de processadores centrais para PCs, confirmado pelo lançamento dos processadores da família Snapdragon X, provavelmente gostaria de adotar certa experiência de seu concorrente. Ao mesmo tempo, fontes observam que a Qualcomm não está interessada na direção de processadores para servidores e, portanto, toda a gama de especialistas da Intel não está interessada nisso. Os representantes da Qualcomm recusaram-se a comentar os rumores e os representantes da Intel negaram que a Qualcomm tivesse feito tais propostas.
A Bloomberg assumiu a batuta de discutir os planos de reestruturação da Intel no dia anterior, anunciando as intenções da empresa de vender aproximadamente 88% de suas ações restantes após o IPO da empresa israelense Mobileye. A Intel adquiriu este desenvolvedor de sistemas ativos de assistência ao motorista em 2018 por respeitáveis US$ 15 bilhões e, como no caso da Altera, gostaria agora de se livrar desse lastro. O IPO da Altera no outono de 2022 levantou cerca de US$ 1,5 bilhão para a Intel, mas a empresa gostaria de vender suas ações restantes da Mobileye na bolsa de valores ou vendê-las a outro investidor estratégico. Mais uma vez, a reunião do conselho da Mobileye neste mês poderá decidir o futuro da subsidiária da Intel.
O futuro da divisão Network and Edge da Intel Corporation também permanece em questão. Segundo fontes, a empresa estuda a possibilidade de vendê-lo. No ano passado, a receita da divisão caiu quase um terço, para US$ 5,8 bilhões, e, aparentemente, não é considerada estrategicamente importante para a empresa.