A revolução nos jogos 3D para computador começou, sem dúvida, com a placa de vídeo 3dfx Voodoo. A natureza revolucionária de sua arquitetura foi confirmada pelo blogueiro do YouTube PixelPipes, que aumentou sua memória de 4 MB para 12 MB e, com a ajuda de um engenheiro romeno apelidado de SDZ, instalou uma unidade adicional de mapeamento de texturas.

Fonte da imagem: sdz-mods.com
O projeto Voodoo utiliza um barramento multiponto para comunicação entre os chips. Em uma configuração padrão, a placa de vídeo possui um chip Frame Buffer Interface (FBI), que monta a imagem, e um chip Texture Mapping Unit (TMU) com filtragem bilinear. Entre eles, há um barramento de 2 x 16 bits: uma linha de leitura e uma linha de escrita. O barramento de escrita pode acessar três TMUs, enquanto o sinal de retorno viaja sequencialmente para a TMU original 0.

Fonte da imagem: youtube.com/@PixelPipes
Vale ressaltar que a 3dfx Voodoo inicialmente suportava matrizes SLI, e diversas empresas lançaram versões modificadas com TMUs adicionais e maior capacidade de memória, além de placas de expansão adicionais. O principal fabricante desses equipamentos era a Quantum3D, cujos produtos eram destinados a profissionais e máquinas de jogos. Em uma placa de vídeo padrão, a FBI e a TMU têm 2 MB de memória cada, resultando em uma resolução máxima de saída de 640 x 480 pixels; dobrar a memória aumenta a resolução para 800 x 600 pixels.
A SDZ modificou a 3dfx Voodoo conectando duas TMUs à FBI e alocando 4 MB de memória para cada chip, totalizando 12 MB. Essa opção não é suportada pelos drivers originais da Quantum3D, portanto, jogos Direct3D geralmente não rodam com esta placa de vídeo. No entanto, a API Glide proprietária da 3dfx permaneceu funcional e, alterando algumas variáveis no arquivo “autoexec.bat”, alguns jogos conseguiram rodar. Na prática, porém, descobriu-se que o processador estava limitando seu desempenho: no primeiro Intel Pentium, nenhum ganho de desempenho foi obtido; no Pentium III, porém, o ganho ficou entre 40% e 60%.
